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Exposição ao BCP aumenta risco da Teixeira Duarte

A UBS sugere um preço-alvo de 4,40 euros para a Teixeira Duarte e diz que as acções têm registado uma "forte volatilidade" nos últimos três meses. A casa defende que o aumento da posição no BCP e a uma possível batalha para controlar a Cimpor são dois fac

29 de Agosto de 2007 às 12:03
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A UBS sugere um preço-alvo de 4,40 euros para a Teixeira Duarte e diz que as acções têm registado uma "forte volatilidade" nos últimos três meses. A casa defende que o aumento da posição no BCP e a uma possível batalha para controlar a Cimpor são dois factores que têm contribuído para aumentar o risco da construtora. No melhor dos cenários, as acções podem chegar aos 5,75 euros.

O banco suíço UBS emitiu ontem uma nota de "research" para as acções da Teixeira Duarte [TXDE], com uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 4,40 euros.

Esta avaliação representa um potencial de valorização de 53% face à cotação de fecho de terça-feira.

O analista Ignacio Sanz diz que as acções "têm registado uma forte volatilidade  nos últimos três meses", identificando três factores para este aumento do nível de risco.

A reduzida liquidez das acções, a construção de uma posição maior no capital do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] e uma possível batalha para controlar a Cimpor [CIMP].

O banco suíço, também ele accionista do BCP, cita a imprensa portuguesa para recordar que a Teixeira Duarte aumentou a sua posição no capital do banco de 5% para cerca de 10%.

A construtora, além de ser accionista, tem tido igualmente um papel activo na tentativa de encontrar uma solução para a guerra de poder que se instalou no BCP nos últimos três meses, uma contenda que opõe duas facções de accionistas apoiantes de Paulo Teixeira Pinto e de Jardim Gonçalves.

Esta maior exposição às acções do BCP e uma menor visibilidade do papel já tinha levado a casa de investimento a aumentar o desconto aplicado na avaliação das acções.

Apesar disso, a UBS continua com uma avaliação bastante optimista para a Teixeira Duarte e diz que no "melhor dos cenários", ou seja, com uma recuperação do sector da construção, a avaliação poderá chegar aos 5,75 euros por acção.

Ignacio Sanz identifica quatro catalisadores para as acções da empresa liderada por Pedro Teixeira Duarte: a recuperação económica e novos projectos (como o Douro Litoral); a existência de actividades de fusões e aquisições que envolvam o BCP e a Cimpor; a revisão do índice PSI-20 (com um eventual regresso); e a possibilidade de vir a adquirir a Cimpor.

As acções da Teixeira Duarte negociavam em queda de 2,08% para os 2,82 euros.

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