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Ex-secretário de Estado José Mendes pede "choque salarial" no país

Antigo governante e agora diretor-executivo da Fundação Mestre Casais defende que "não se pode ser “rico” se se ganha 2000 euros e que, por isso, é preciso "baixar a carga fiscal dos rendimentos do trabalho".

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Fevereiro de 2023 às 11:44
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O ex-secretário de Estado do Planeamento - mas que também passou pelo Ambiente e pela Mobilidade -, José Mendes, defende um "choque salarial" no país e uma redução da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho.

"Choque salarial precisa-se". É desta forma que José Mendes inicia uma publicação na rede social Linkedin. Para o agora diretor-executivo da Fundação Mestre Cascais, Portugal tem condições que faz dele um "oásis", mas esse "óasis tem de ser para todos os portugueses, incluindo (e em especial) aqueles que ganham os ordenados mínimo ou médio".

Nesse sentido, o antigo governante acredita que "é preciso baixar a carga fiscal dos rendimentos do trabalho". "Por muito que se grite com o IRC (que quase metade das empresas não paga), o que esmaga os portugueses e, por conseguinte, a dinâmica da economia (a procura) é a carga fiscal sobre o trabalho", explica José Mendes na mesma publicação.

No entender do ex-secretário de Estado, "não se pode ser "rico" se se ganha 2000 euros", pelo que deve ser isso que as tabelas de retenção na fonte devem espelhar.

"Já quase tudo foi tentado em Portugal, à exceção de um choque salarial", escreve José Mendes, deixando também o desafio: "quando teremos uma concertação social - Governo, patrões e sindicatos - com a coragem de o fazer".

Segundo os últimos dados públicos, relativos a 2021 e publicados em 2022, a carga fiscal sobre o trabalho subiu para 41,8% no país, o que coloca Portugal como o décimo país da OCDE onde a quantidade de impostos e contribuições sociais paga mais pesa no total dos custos de trabalho.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Portugal a carga fiscal sobre o trabalho, que mede o peso do IRS e das contribuições sociais pagas por trabalhadores e empregadores (menos os benefícios sociais) nos custos de trabalho (rendimentos brutos e contribuições pagas pelos empregadores), está acima da média dos 38 países membros e que foi de 34,6%.
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