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Gás em Portugal é o segundo mais caro da UE. Preços da luz em sexto lugar

"Em 2020, Malta, Chipre e Luxemburgo eram os países mais dependentes (mais de 90% da energia importada). O país menos dependente era a Estónia (11%)", indicou, em comunicado, a Pordata.

PAWEL SUPERNAK/EPA
09 de Maio de 2022 às 08:42
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Portugal é o segundo país dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) com o gás mais caro, segundo dados compilados pela Pordata. Na indústria, este valor é o 18.º mais alto do bloco. Quanto à luz, "anulando a diferença do custo de vida dos vários países, em 2021, as famílias portuguesas pagavam o sexto preço mais caro da UE, enquanto a indústria pagava a 14.º mais elevado.

Noutros dados revelados esta segunda-feira pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Estónia foi o país do bloco europeu menos dependente da importação de energia, em 2020. Malta, Chipre e Luxemburgo lideram na dependência, enquanto Portugal está em 11.º lugar, acima da média da UE (58%), tendo vindo a diminuir a sua dependência desde 2000 (85%).

Em 2020, Portugal importou 14.428.482 toneladas de petróleo e derivados, provenientes do Brasil (20%), Espanha (15%) e Nigéria (13%). Já as importações de gás natural ascenderam a quase 5.600 milhões de metros cúbicos normais (Nm3), com origem na Nigéria (54%), EUA (19%), Rússia (10%) e Argélia (9%).

A UE produziu, em 2020, 573,8 milhões de toneladas de petróleo (tep), sendo que França (21%), Alemanha (17%), Polónia (10%), Itália (7%), Espanha e Suécia (6%) foram os que mais contribuíram. No entanto, desde 2005 que se verifica uma descida, com 19,5 milhões de tep consumidas em 2020, abaixo da meta proposta para 2020 de 22,5 milhões.

O consumo de energia primária na UE diminuiu 10% em 2020, face a 1990, e apenas oito dos 27 países aumentaram este consumo, incluindo Portugal (29%). Entre 1990 e 2020, a UE reduziu em 5% o consumo de energia final.

"Dos 27 países da UE, 11 aumentaram este consumo. Portugal foi o 6.º país que mais aumentou o consumo de energia final (26%), embora desde 2007 esteja numa trajetória decrescente. Deste modo, conseguimos superar a meta 2020 a que nos tínhamos proposto: em 2020 consumimos 15 milhões de tep, quando a meta era não ultrapassar os 17,4 milhões de tep nesse ano", indica o relatório.

Portugal aumentou a sua eficiência energética desde 1995, em linha com a Europa. De acordo com os dados da Pordata, em 2020, a intensidade energética em Portugal era de 76 tep de energia consumida por cada milhão de euros de riqueza gerada, enquanto, a nível europeu, era de 66 tep. A intensidade carbónica da economia, por sua vez, tem vindo a recuar desde 1995 na UE, uma tendência que também foi seguida por Portugal.

A Suécia é o país com maior eficiência carbónica e a Bulgária o com pior. Na UE, as renováveis produziram, em 2020, 41% da energia primária e contribuíram para 22% da energia consumida. "Portugal foi o terceiro país da União Europeia que mais produziu energia renovável no total da energia produzida (98%). Portugal foi o quinto país da União Europeia que mais consumiu energias renováveis no total do consumo final de energia (34%)", acrescentou.

A Alemanha foi o país que mais contribuiu para a produção de energia primária através de fontes renováveis, com um quinto da energia total dos países europeus. Neste ano, a produção de energias renováveis na UE estava dividida entre biomassa (57%), energia eólica (15%), hídrica (13%), solar (7%) e geotérmica (3%). NegEm Portugal, o destaque foi também para a biomassa (51%), seguida pelas energias eólica e hídrica (ambas com 16%), solar (4%) e geotérmica (3%).


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