Notícia
ERC conclui que Rosa Mendes não foi censurado pela Antena 1
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) concluiu que a crónica do jornalista Pedro Rosa Mendes, a criticar a RTP e o regime angolano, não esteve na origem da decisão de terminar a rubrica "Este Tempo" , que era transmitida nas manhãs da Antena 1.
27 de Abril de 2012 às 19:03
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“O Conselho Regulador conclui que os elementos recolhidos no presente processo não permitem dar por provado que a cessação do ‘Este Tempo’ resultou, directamente, do desagrado provocado pela crónica de Pedro Rosa Mendes”, lê-se na deliberação do organismo regulador dos media. A crónica em causa, transmitida em Janeiro, tecia duras críticas a um programa de informação da RTP transmitido a partir de Luanda, assim como ao regime angolano, presidido por José Eduardo dos Santos. O programa "Reencontro", apresentado por Fátima Campos Ferreira, teve Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares, Abrão Gourgel, ministro da economia de Angola, ou Zeinal Bava, presidente executivo da PT, entre os convidados.
No início da crónica, Rosa Mendes foi logo contundente nas críticas: “Em directo de Luanda, a RTP serviu nesta segunda-feira aos portugueses e ao mundo – eu vi aqui em Paris – uma emissão a que chamou ‘Reencontro’ e na qual desfilaram durante duas horas responsáveis políticos, empresários e comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”., referiu o jornalista. Ao que acrescentou: “O ‘Reencontro’ a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”.
Na sequência do fim da rubrica “Este Tempo”, João Barreiros, então director da Antena 1, demitiu-se do cargo. Ricardo Alexandre, o responsável pelas manhãs da Antena 1 que se opôs fortemente ao fim daquele espaço de opinião, acabou por deixar as manhãs da rádio.
Já Luís Marinho, administrador da RTP com o pelouro dos conteúdos, justificou que a decisão de terminar “Este Tempo” foi tomada antes de a crónica de Rosa Mendes ter sido transmitida. Os responsáveis pela informação e pelos conteúdos da RDP, Luís Marinho inclusive, já haviam manifestado desagrado em relação ao programa, facto que foi dado como provado pela ERC. A entidade reguladora dos media considerou, por fim, “redutora a explicação de que a cessação da rubrica foi apenas motivada pela crónica sobre Angola”.
No início da crónica, Rosa Mendes foi logo contundente nas críticas: “Em directo de Luanda, a RTP serviu nesta segunda-feira aos portugueses e ao mundo – eu vi aqui em Paris – uma emissão a que chamou ‘Reencontro’ e na qual desfilaram durante duas horas responsáveis políticos, empresários e comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”., referiu o jornalista. Ao que acrescentou: “O ‘Reencontro’ a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”.
Já Luís Marinho, administrador da RTP com o pelouro dos conteúdos, justificou que a decisão de terminar “Este Tempo” foi tomada antes de a crónica de Rosa Mendes ter sido transmitida. Os responsáveis pela informação e pelos conteúdos da RDP, Luís Marinho inclusive, já haviam manifestado desagrado em relação ao programa, facto que foi dado como provado pela ERC. A entidade reguladora dos media considerou, por fim, “redutora a explicação de que a cessação da rubrica foi apenas motivada pela crónica sobre Angola”.
