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Empresas recrutam financeiros para cobrar dívidas

As empresas aumentaram no primeiro semestre deste ano as contratações de perfis contabilistas e financeiros para reforçar a cobrança de dívidas e a recuperação de créditos, que são na actual conjuntura áreas "primordiais" para garantir um fluxo de tesouraria positivo.

10 de Agosto de 2012 às 00:01
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Segundo uma análise elaborada pela Page Personnel aos processos de recrutamento realizados até final de Junho, a que o Negócios teve acesso, esses quadros técnicos e chefias intermédias, que antes estavam confinados ao departamento financeiro, estão a ser colocados também em áreas mais operacionais, como a comercial, para pressionar a melhoria das vendas e dos níveis de rentabilidade.

Neste movimento, as empresas estão a solicitar contratações mais baratas, solicitando à agência "perfis para funções mais dirigidas a recém-licenciados nas áreas de contabilidade, finanças e gestão". Por um lado, "pagam um salário mais baixo do que pagariam a um sénior com cinco ou 10 anos de experiência", responde Sílvia Nunes, "executive manager" da Page Personnel (PP), lembrando a resistência dos gestores em inflacionar a folha salarial. Por outro, porque os mais jovens compensam a falta de experiência com "fortes características comportamentais" exigidas para trabalhar noutros departamentos: versatilidade, dinamismo e competências de comunicação.

Além de mais baratas, o grosso destas contratações especializadas são também temporárias, algo que "está a ganhar preponderância, sem dúvida nenhuma". A responsável da PP, a empresa do grupo Michael Page Portugal vocacionada para a selecção de posições intermédias e funções técnicas de suporte, explica que, face a ausências prolongadas (por exemplo, maternidade), "as estruturas já estão tão no limite, de magras, que as empresas precisam de as substituir temporariamente".

"Na actual conjuntura, os financeiros ganharam grande preponderância dentro das empresas. Mas também lhes está a ser exigida uma orientação para o negócio que antigamente não era tão vincada para esse perfil, que era mais de escritório e menos de terreno", aponta. O grande consumo e a indústria são os sectores que mais têm incorporado estes novos quadros, enquanto os transportes e as tecnológicas fazem recrutamentos mais cirúrgicos, para compensar saídas.

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