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Empresas públicas perdem quase 700 milhões até Setembro

O Sector Empresarial do Estado reduziu os prejuízos e o endividamento até Setembro, em termos homólogos, mas apresenta desvios negativos face aos valores orçamentados.

03 de Maio de 2016 às 12:46
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O resultado líquido das empresas públicas nos primeiros nove meses do ano passado foi negativo em 696 milhões de euros. Um valor que representa uma melhoria de 26% – cerca de 248 milhões – face ao mesmo período de 2014, mas que é também inferior ao objectivo previsto nos orçamentos em cerca de 594 milhões.

De acordo com o boletim informativo do terceiro trimestre, da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial (UTAM), a empresa pública que teve o mais elevado aumento do resultado líquido, em termos homólogos, foi a Águas de Portugal, decorrente dos ganhos com a alienação de activos como a EGF e dividendos obtidos com participadas.

Segue-se a Estradas de Portugal (entretanto fundida com a Refer na Infraestruturas de Portugal), a CP, a Metro do Porto e a STCP, como as empresas com maior acréscimo do resultado líquido até Setembro.

Face às previsões, no sector da saúde registou-se o maior desvio negativo, de cerca de 491 milhões de euros, seguindo-se o dos transportes e armazenagem, cujos resultados foram inferiores em 89 milhões ao orçamentado.

No que respeita ao endividamento do Sector Empresarial do Estado (SEE), o boletim da UTAM revela que somava 34 mil milhões de euros no final de Setembro. Este valor, sublinha, é superior ao objectivo expresso nos orçamentos das empresas em cerca de 290 milhões de euros, ou seja, 1%, mas face ao final de 2014 representa uma redução de 5%, equivalente a 1,6 mil milhões de euros.

Face a Dezembro de 2014, o desempenho mais favorável foi o do sector dos transportes e armazenagem, com uma redução de cerca de 1,3 mil milhões de euros.

Entre as empresas com maior acréscimo do endividamento contam-se a Parvalorem, a Metro do Porto, a EP, Parups e RTP.

De acordo com os dados da UTAM, o volume de negócios do SEE aumentou em 213 milhões de euros (4%) até Setembro, o que foi, por sua vez, acompanhado de uma subida dos gastos operacionais em 143 milhões (2%).

O EBITDA ascendeu a cerca de 607 milhões de euros, mais 20% do que um ano antes, mas inferior em 469 milhões de euros ao previsto.

O prazo médio de pagamentos para o conjunto das empresas públicas analisadas (sem o sector da saúde) reduziu-se, em termos médios, no terceiro trimestre do ano passado, situando-se no final de Setembro em 69 dias.

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