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Empresas portuguesas resistem à Violência e mantêm projectos para Timor

As empresas portuguesas com operações em Timor mantêm, de uma maneira geral, os planos de desenvolvimento para o país, não obstante a instabilidade das últimas semanas, que culminou ontem com um pedido de ajuda à comunidade internacional. Esta é a princip

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As empresas portuguesas com operações em Timor mantêm, de uma maneira geral, os planos de desenvolvimento para o país, não obstante a instabilidade das últimas semanas, que culminou ontem com um pedido de ajuda à comunidade internacional. Esta é a principal conclusão do levantamento feito pelo Jornal de Negócios junto das principais empresas que estão em Timor.

Apesar da pequena dimensão do mercado e da sua distância, algumas das principais empresas nacionais ocupam posições chave na economia local, sobretudo em infra-estruturas básicas e serviços públicos e financeiros. Estão neste caso, por exemplo, a Portugal Telecom que desenvolve investimentos de 30 milhões de euros via Timor Telecom, e a Caixa Geral de Depósitos que através da sua sucursal conta com oito agências, dois postos de câmbio, e um activo líquido que ascende já a 73 milhões de euros.

Além do investimento financeiro, há também que contar com o apoio à população que muitas instituições nacionais desenvolvem localmente, como é o caso da Fundação Oriente.

Muito do investimento é financiado através da cooperação portuguesa. Entre 1999 e 2005, Portugal financiou projectos no valor de 200 milhões de dólares (156 milhões de euros) segundo dados recentemente divulgados.

Solução a curto-prazo.

Para Carlos Monjardino não há dúvidas, os investimentos e a presença da Fundação Oriente em Timor não vão perder fulgor à conta da instabilidade que vai tomando conta do país. «Temos que desdramatizar a situação» afirmou o líder da Fundação ao Jornal de Negócios, sublinhando que acredita que o país – ainda «que demore tempo a ‘normalizar’» a nível político vai encontrar «quase de certeza» uma «solução a curto-prazo» para os confrontos dos últimos dias.

PT prevê investir 30 milhões até 2008 na Timor Telecom

O Grupo PT detém actualmente uma participação efectiva de 41,12% no capital social da Timor Telecom, fruto de um contrato de concessão assinado em Julho de 2002 que deu à operadora nacional a exclusividade por um período de 15 anos (renovável por mais dez) em todos os serviços prestados pela Timor Telecom.

Com cinco quadros portugueses colocados no país, a PT tem-se mantido em contacto constante com a embaixada nacional lá colocada, mantendo os seus quadros a trabalhar. Em Março de 2003, altura em que a Timor Telecom iniciou oficialmente as suas operações, a operadora anunciou um plano de investimentos de 30 milhões de euros para os cinco anos seguintes, tendo aplicado pelo menos 19 milhões de euros no ano inicial da exploração. Segundo fonte da operadora nacional, o plano de investimentos da Timor Telecom é para manter, até porque os resultados desta têm sido bastante positivos, com o "break-even" da operação a ser atingido no ano passado.

Caixa Geral de Depósitos mantém agências abertas

A Caixa Geral de Depósitos é um dos maiores investidores portugueses em Timor, através de uma sucursal criada em 2001. A sucursal de Timor conta já com oito agências que cobrem todo o território, para além de dois postos de câmbio. Esta surcursal tem um activo líquido de 73,2 milhões.

Os créditos a clientes atingem os 60,5 milhões de euros e os depósitos totalizam 42,7 milhões de euros. A CGD emprega cerca de 80 pessoas em Timor, dos quais são três quadros portugueses do grupo. Segundo fonte oficial do grupo, a Caixa está acompanhar a evolução da situação, em articulação com a Embaixada de Portugal e o Governo de Timor, mas até agora, tem mantido as agências abertas e em pleno funcionamento.

Participada da EDP gere Electricidade até Novembro

A EDP tem uma presença indirecta em Timor. A Companhia Eléctrica de Macau (CEM), onde a eléctrica nacional controla cerca de 21%, tem um contrato de gestão da Electricidade de Timor, que foi adjudicado, através de um concurso público internacional, no final de 2003.

O contrato termina em Outubro deste ano, mas ainda não há informação sobre se será prolongado ou haverá novo concurso. Na sequência deste contrato, CEM tem cerca de nove quadros portugueses em Timor, mas nenhum faz parte dos quadros da EDP.

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