Notícia
Empresas apontam sistema judicial e fiscalidade como principais desafios para investir em Portugal
A justiça "lenta" e o sistema fiscal são as componentes apontadas por algumas empresas, durante o 6º Congresso Nacional dos Economistas, como os principais desafios e áreas a melhorar para Portugal poder atrair mais investimento internacional. Já a qualificação dos recursos humanos e a mão-de-obra competitiva são apontadas como algumas das vantagens.
- 3
- ...
O sistema judicial "lento" é um dos principais desafios com que as empresas estrangeiras se deparam quando investem em Portugal, disseram alguns empresários durante o 6º Congresso Nacional dos Economistas que está a decorrer esta quarta-feira.
Para Jorg Heinermann, CEO da Mercedes-Benz Portugal, "o sistema judicial, na resolução de conflitos, poderia ser mais rápido". Há processos que "em Portugal demoram 3 ou 4 anos, enquanto na Alemanha demorariam 3 semanas", exemplificou.
Uma opinião partilhada por João Zúquete da Silva, actual chief corporate officer da PT Portugal, detida pela francesa Altice, que destacou ainda a "imprevisibilidade fiscal" como uma das desvantagens do investimento estrangeiro em Portugal.
Já Miguel Frasquilho, presidente da AICEP, relembrou que "há década e meia que me bato por esta questão. Mas felizmente a reforma do IRC está em curso e a seguir tem de ser a do IRS", adiantou.
Apesar destes desafios, durante o debate foram mais as vantagens apontadas para investir em Portugal do que as desvantagens.
A qualificação dos recursos humanos, o forte desenvolvimento tecnológico, a localização e o custo de mão-de-obra competitivo em relação à Europa Central foram alguns dos pontos elencados pelos empresários.