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Empresas terão 600 milhões de euros em nova linha de crédito do Governo

A chamada "Linha de Resposta ao Aumento dos Custos" terá garantia mútua e um prazo de oito anos, com uma carência de capital de 12 meses. A sua execução será a partir a segunda quinzena de outubro.

Bruno Colaço
15 de Setembro de 2022 às 15:10
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A nova linha de crédito de abrangência alargada que o Governo vai criar para apoiar a tesouraria das empresas terá um valor de 600 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o ministro da Economia, Costa Silva, no âmbito do pacote de ajuda ao setor empresarial, de combate aos efeitos da inflação. 

A chamada "Linha de Resposta ao Aumento dos Custos" terá garantia mútua e um prazo de oito anos, com uma carência de capital de 12 meses. A sua execução será a partir a segunda quinzena de outubro. 

"Estamos a viver uma situação geopolítica muito complicada. Estamos a entrar numa  nova era de inflação elavada. Exige-se serenidade e rigor", disse o ministro. 

De acordo com o Governo poderão aceder a esta linha as empresas afetadas por "perturbações" como os preços da energia, os preços das matérias-primas e as cadeias de abastecimento. O secretário de Estado das Finanças, Mendonça Mendes, esclareceu que se trata de uma linha de tesouraria de garantia mútua, sendo que a única limitação é a dimensão das empresas. 

Esta linha "destina-se a uma situação de emergeência em que estamos e não a uma situação de capitalização. As medidas mais estruturais de capitalização das empresas serão apresentadas em sede de Orçamento do Estado", disse o secretário de Estado. 
 
Tal como o Negócios já tinha avançado, além de mitigar os aumentos de preço da energia, esta nova linha de crédito terá ainda o objetivo de ajudar as empresas a protegerem-se da subida de outros custos, por exemplo, das matérias-primas que necessitam.

O Negócios apurou que esta linha de crédito, será feito através do Banco de Fomento, mas também protocolado com as principais instituições financeiras nacionais.

O pacote de apoios tem vindo a ser trabalhado nas últimas semanas entre o Governo e a Comissão Europeia.
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