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Empresas de trabalho temporário crescem 100 milhões por ano
As 230 empresas de trabalho temporário que operam em Portugal facturaram mais 300 milhões de euros nos últimos três anos, tendo fechado 2016 com receitas de 1,175 mil milhões de euros.
Após a retracção em 2012 e 2013, as empresas de trabalho temporário nacionais cresceram mais de 25% nos últimos três anos, a um ritmo de cerca de 100 milhões de euros anuais.
"A facturação das empresas portuguesas de trabalho temporário cresceu 7,3% no exercício de 2016, alcançando 1,175 mil milhões de euros, num contexto macroeconómico favorável, marcado pelo aumento da actividade empresarial e a queda do desemprego", revela um estudo da Informa D&B sobre o sector, a que o Negócios teve acesso.
Um crescimento que prolongou a tendência crescente registada nos dois anos anteriores, "o que permitiu que o valor do mercado se incrementasse em cerca de 300 milhões de euros entre 2013 e 2016", adianta a mesma fonte.
O número de postos de trabalho assegurados por estas empresas (incluindo os trabalhadores cedidos), em 2015, cifrou-se em 84.089, mais 11,6% do que no ano anterior.
No final do ano passado, existiam em Portugal 230 empresas autorizadas para prestar serviços de trabalho temporário, mais 25 do que dois anos antes.
Em termos geográficos, existe uma grande concentração de empresas de trabalho temporário nas áreas de maior actividade económica, nomeadamente na região de Lisboa, onde se localizam 110 das empresas, e na zona Norte com 83 operadores.
O sector regista um alto grau de concentração empresarial. As cinco maiores empresas de trabalho temporário em Portugal reúnem uma quota de mercado conjunta de 38%.
A liderança do mercado, realça a Informa D&B, "é assegurada por um número reduzido de grandes grupos multinacionais, embora já existam concorrentes nacionais relevantes, normalmente operadores multisserviços com presença noutros ramos relacionados com a gestão de recursos humanos".