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Empresas de Isabel dos Santos em Portugal impedidas de pagar a trabalhadores e fornecedores

A empresária angolana afirma, em comunicado, que a decisão de congelar as suas contas a impede de fazer qualquer tipo de pagamento, incluindo ao Fisco e à Segurança Social.

20 de Fevereiro de 2020 às 11:07
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O congelamento das contas bancárias em Portugal está a impedir que as empresas detidas por Isabel dos Santos paguem aos trabalhadores e a fornecedores e cumpram as suas obrigações junto da Segurança Social e do Fisco.

Entre as 17 empresas detidas em Portugal por Isabel dos Santos em Portugal contam-se a Efacec, Fidequity e Santoro.

Este retrato é feito pela empresária angolana num comunicado emitido esta quinta-feira, 20 de fevereiro. "Em Angola, os arrestos não impediram o pagamento de salários, a fornecedores, impostos e Segurança Social. Em Portugal, pelo contrário, a justiça entendeu arrestar e congelar contas bancárias, consequentemente impedindo as empresas de pagarem a trabalhadores, à Autoridade Tributária, Segurança Social e fornecedores", lê-se no referido comunicado.

Isabel dos Santos sublinha que as empresas que detém e trabalham em Portugal "estão todas registadas no espaço europeu" e "devidamente capitalizadas e auditadas", operando "nos termos mais estritos da lei". "Até ao final de 2019 nenhuma das empresas devia um euro em salários, impostos ou Segurança Social", acrescenta.

Um cenário que, diz, foi alterado com a decisão das autoridades portuguesas de congelar as suas contas. "Com a presente situação, de um inexplicável e infundado arresto às diversas contas bancárias pessoais e das empresas em Portugal, o qual já foi impugnado pelos meus advogados, e que na prática está a impedir a movimentação das mesmas nos diversos bancos, esta realidade passará naturalmente a ser outra, apresentando-se como um sério risco de destruição de valor para todos os 'stakeholders'", avisa.

Desta forma, adianta, não pode ser imputado às administrações das empresas por si controladas em Portugal "responsabilidades criminais ou outras por falhas de tais pagamentos, já que as mesmas, a ocorrer, não se devem à sua vontada, mas sim ao congelamento das contas bancárias".

Pagamento de créditos sem falhas

Isabel dos Santos, por outro lado, também esclarece a questão do endividamento bancário contraído em Portugal, garantindo que tem cumprindo todas as suas obrigações. A empresária refere que, ao longo dos últimos 10 anos, as empresas europeias detidas maioritariamente por si obtiveram em Portugal empréstimos de 517 milhões de euros, sendo que até à data já foram pagos 391 milhões de euros.

"Em nenhum momento qualquer uma das minhas empresas falhou um único pagamento das prestações desses créditos, bem como respetivos juros e comissões associados a um cada um dos financiamentos", afirma a empresária.


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