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Empresa da Lucky Strike compra a da Camel e garante liderança do sector
O acordo já foi alcançado. A British American Tobacco garantiu o acordo para comprar a Reynolds American, com a oferta melhorada. Põe assim fim a uma batalha de três meses. E junta os Lucky Strike aos Camel.
Com o acordo chega ao fim uma batalha de quase três meses, no âmbito da qual a BAT tentou controlar a Reynolds.
Segundo a British American Tobacco, a sua proposta avalia cada acção da Reynolds em 59,64 dólares, mais 5,6% que a proposta anterior, feita em Outubro, de 56,5 dólares. Na nova oferta, 29,44 dólares serão pagos em dinheiro e o restante em acções. Ou seja, por cada acção da Reynolds, os seus accionistas receberão 0,526 acções da BAT. O que avalia a Reynolds em 86 mil milhões de dólares, e garante à BAT o regresso ao mercado norte-americano, onde já não estava de forma directa há 12 anos.
O que avalia a Reynolds num rácio de 16,9 vezes o seu EBITDA, o que a BAT diz ser um múltiplo maior que o comparável na indústria.
Apesar do portfólio de marcas da Reynolds, a BAT está mais interessada, segundo explica a Bloomberg, nos produtos substitutos dos cigarros tradicionais, como o cigarro electrónico Vuse.
Os analistas, segundo a agência de notícias, dizem que a subida da oferta pode também estar relacionada com o esperado corte de impostos sobre empresas prometido por Donald Trump, que toma posse como presidente dos EUA esta sexta-feira.
A BAT espera conseguir sinergias de 400 milhões de dólares com esta aquisição, em três anos. Combinadas as duas empresas superam a Philip Morris International, produtora do Marlboro. Só nos EUA, a nova companhia ficará com 35% do mercado. A BAT é detentora de marcas como Lucky Strike, Dunhill, Rothmans e a Reynolds detém a Camel, Pall Mall, Newport.