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Em Portugal, cibersegurança preocupa mais do que inflação

Mais de 130 líderes empresariais portugueses encaram os ataques cibernéticos como o maior risco a nível nacional e a inflação a nível mundial, sublinha a Marsh.

Algumas áreas são mais apetecíveis a ataques deste género, como por exemplo, as telecomunicações ou a eletricidade.
Istockphoto
12 de Abril de 2023 às 07:00
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Os ataques cibernéticos são o que mais preocupa as empresas nacionais no que respeita aos riscos que podem enfrentar em 2023. Já no que se refere aos riscos que o mundo vai enfrentar este ano, as lideranças das empresas nacionais apontam a inflação como mais relevante.

 

As conclusões são da edição de 2023 do estudo "A visão das empresas portuguesas sobre os riscos", desenvolvido pela Marsh Portugal, que apresenta a perceção de mais de 130 líderes empresariais portugueses.

 

No que se refere aos riscos que as empresas consideram que as vão afetar diretamente a nível nacional, os principais apontados são "ataques cibernéticos" (46%), "instabilidade política ou social" (45%) e "inflação" (39%). A "retenção de talentos" (35%) ocupa a quarta posição. Já a "falha na cadeia de fornecimento" (33%), que ocupava o primeiro lugar nos riscos mais esperados a nível nacional em 2022, fecha este Top 5, sublinha a consultora de riscos.

 

Já no Top 5 dos riscos que o mundo vai enfrentar este ano, os três cimeiros são "inflação" (54%), "falhas de medidas de cibersegurança" (49%) e "eventos climáticos extremos" (42%). A preocupação com a inflação, sublinhe-se, saltou diretamente do 4.º lugar em 2022 para a liderança deste raking, com uma subida de 9 pontos percentuais.

 

Neste Top 5 há duas novas entradas em 2023: a "estagnação económica prolongada" (29%), que em 2022 surgia em 15.º lugar, e a "geopolitização de recursos estratégicos" (28%), que sobe uma posição face a 2022.

 

A análise aos riscos esperados para 2023 a nível global e a sua comparação com os quatro anos anteriores revela a permanência de riscos tecnológicos, "o que evidencia a importância atribuída pelos inquiridos ao tema da cibersegurança, reconhecendo a vulnerabilidade das organizações perante ataques cada vez mais sofisticados e intensos", salienta a Marsh.

 

"Outra realidade em evidência é a importância dada aos riscos económicos, com a inflação e a estagnação económica a subirem no top dos riscos a nível mundial, o que denota a preocupação dos inquiridos face ao desempenho económico em 2023".

 

Ao nível dos riscos ambientais, os eventos climáticos extremos ocupam o Top 3 dos riscos mais esperados pelas empresas para o ano de 2023, posição que ocupa desde 2018, à exceção dos anos de 2021 e 2022. "O posicionamento estável desta tipologia de riscos leva à conclusão de que as empresas portuguesas têm uma noção clara do peso que os eventos climáticos extremos têm para a economia global, numa perspetiva de longo prazo, e a dificuldade em mitigar esse mesmo risco e os impactos relacionados no futuro próximo", aponta a consultora de riscos.

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