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INE confirma alívio da inflação para 7,4% em março. Preços da energia e alimentos abrandam

Este é o quinto abrandamento consecutivo na subida dos preços no consumidor, segundo os dados definitivos do INE. Alívio é explicado, em grande medida, pelo efeito base que resulta do aumento dos preços da energia e bens alimentares que se verificou no ano passado.

Com a subida dos preços, as famílias apertaram o cinto. Só a despesa com alimentação subiu, mas pouco.
GettyImages
13 de Abril de 2023 às 11:04
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quinta-feira que a taxa de inflação abrandou, em termos homólogos, para 7,4% em março. Este é o quinto alívio consecutivo na subida da inflação e é explicado, em grande medida, pelo efeito base que resulta do aumento dos preços da energia e bens alimentares que se verificou no ano passado.

"Durante o ano de 2022, o IPC [índice de preços no consumidor] registou aumentos significativos de preços em grande parte dos produtos considerados na amostra, estando agora a verificar-se reduções das taxas de variação homóloga, em parte como consequência aritmética do denominado 'efeito de base'", explica o INE.

Tendo em conta que a evolução dos preços neste mês está já a ser influenciada esse efeito base, verificou-se uma diminuição de 0,8 pontos percentuais na variação homóloga do IPC, quando comparado com o mês de fevereiro.

No caso da energia, houve mesmo uma queda na variação homóloga dos preços. O índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -4,4%, sendo este o "primeiro valor negativo desde fevereiro de 2021" e o quinto abrandamento consecutivo. Em fevereiro, o agregado relativo à energia tinha subido ainda 1,9%, sendo já o valor mais baixo em dois anos.

Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados também desacelerou, ao registar uma variação homóloga de 19,3%. Em fevereiro, a variação tinha sido de 20,1%. Ainda assim, o valor está bastante acima da subida média dos preços dos alimentos nos últimos anos, o que levou o Governo a avançar com o "IVA zero" num cabaz de bens alimentares essenciais, para apoiar as famílias no atual contexto inflacionista.

A inflação subjacente, que exclui alimentos não transformados e energia (por terem maiores variações de preços), abrandou de 7,2% para 7%. Este é o segundo alívio consecutivo da chamada "inflação crítica", a que o Banco Central Europeu (BCE) está particularmente atento no desenho da política monetária a adotar para conter a inflação.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparações com a taxa de inflação registada nos restantes países da União Europeia, registou uma variação homóloga de 8%, menos 0,6 pontos percentuais face ao mês precedente. Ainda assim, o IHPC português foi superior em 1,1 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

Sem considerar os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 8,1% em março, 0,6 pontos percentuais acima da taxa correspondente para a Zona Euro. Isso revela que, em Portugal, a inflação está mais "enraizada" na economia do que no conjunto dos 20 países do euro.

Face ao mês anterior, a variação do IPC foi de 1,7%, enquanto em fevereiro tinha sido de 0,3%. Já a variação média dos últimos doze meses foi de 8,7%, mais 0,1 pontos percentuais do que em fevereiro.

(Notícia atualizada às 11:35)
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