Notícia
Governo revê em alta inflação para este ano mas vê "descida significativa" a partir de abril
Ao invés dos 4% inscritos no Orçamento do Estado, o Ministério das Finanças estima agora que a variação anual da taxa de inflação seja de 5,1%. Fernando Medina conta, ainda assim, com uma "descida particularmente significativa da taxa de inflação" a partir de abril.
O Governo reviu esta segunda-feira em alta as projeções sobre a inflação para este ano. Ao invés dos 4% inscritos no Orçamento do Estado (OE 2023), o Ministério das Finanças estima agora que a variação anual da taxa de inflação se fixe em 5,1%, apesar de antever uma "descida significativa" nos preços a partir de abril.
"A expectativa que temos é de que a inflação atinja, na média do ano de 2023, 5,1%, o que significativa que teremos ao longo dos próximos meses, em particular do mês de abril para a frente, uma descida particularmente significativa da taxa de inflação", referiu o ministro das Finanças, na apresentação do Programa de Estabilidade.
Fernando Medina explicou que, para a variação anual ser de 5,1%, haverá meses em que a variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) deverá registar mesmo "valores inferiores a 5,1%" e, em comparação com os 10,1% registados em outubro, haverá "uma redução gradual e consistente" da subida dos preços ao longo deste ano.
Em março, o índice de preços no consumidor (IPC) abrandou, em termos homólogos, para 7,4%. Este é o quinto alívio consecutivo na subida da taxa de inflação em Portugal e foi explicado, em grande medida, pelo efeito base que resulta do aumento dos preços da energia e bens alimentares que se verificou no ano passado.
Ou seja, como em 2022 o IPC registaram aumentos muito significativos nos preços de venda aos consumidores, há agora uma redução das taxas de variação homóloga, que é uma "consequência aritmética" tendo em conta que a base de comparação é mais elevada e, por isso, a diferença será menor.
O Governo estima que esse "efeito base" passe a sentir-se especialmente a partir de abril, porque será o mês em que haverá "uma comparação com as subidas mais fortes do ano passado". "Por isso, a taxa de inflação deste ano, tenderá a apresentar um valor significativamente inferior" aos 7,8% registados em 2022.
Fernando Medina destacou ainda que o abrandamento da inflação "não significa que haja diminuição de preços", mas sim "um aumento mais lento dos preços". "Isso não exclui que venhamos a ter, relativamente a várias categorias de bens sobretudo os mais sensíveis aos preços da energia, commodities [matérias-primas] e transportes, uma efetiva deflação, ou seja, diminuição de preços", frisou.
Atualmente, "60% da taxa de inflação resulta da subida de preços na energia e nos bens alimentares", sublinhou o ministro das Finanças.
(Notícia atualizada às 12:23)
"A expectativa que temos é de que a inflação atinja, na média do ano de 2023, 5,1%, o que significativa que teremos ao longo dos próximos meses, em particular do mês de abril para a frente, uma descida particularmente significativa da taxa de inflação", referiu o ministro das Finanças, na apresentação do Programa de Estabilidade.
Em março, o índice de preços no consumidor (IPC) abrandou, em termos homólogos, para 7,4%. Este é o quinto alívio consecutivo na subida da taxa de inflação em Portugal e foi explicado, em grande medida, pelo efeito base que resulta do aumento dos preços da energia e bens alimentares que se verificou no ano passado.
Ou seja, como em 2022 o IPC registaram aumentos muito significativos nos preços de venda aos consumidores, há agora uma redução das taxas de variação homóloga, que é uma "consequência aritmética" tendo em conta que a base de comparação é mais elevada e, por isso, a diferença será menor.
O Governo estima que esse "efeito base" passe a sentir-se especialmente a partir de abril, porque será o mês em que haverá "uma comparação com as subidas mais fortes do ano passado". "Por isso, a taxa de inflação deste ano, tenderá a apresentar um valor significativamente inferior" aos 7,8% registados em 2022.
Fernando Medina destacou ainda que o abrandamento da inflação "não significa que haja diminuição de preços", mas sim "um aumento mais lento dos preços". "Isso não exclui que venhamos a ter, relativamente a várias categorias de bens sobretudo os mais sensíveis aos preços da energia, commodities [matérias-primas] e transportes, uma efetiva deflação, ou seja, diminuição de preços", frisou.
Atualmente, "60% da taxa de inflação resulta da subida de preços na energia e nos bens alimentares", sublinhou o ministro das Finanças.
(Notícia atualizada às 12:23)