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Efromovich: “Se depender de mim vocês vão amar muito mais a TAP”
Efromovich anuncia intenção de ter mais voos da TAP para Moçambique e abrir linhas para Bogotá e El Salvador. Qualifica as relações com Dirceu e Relvas “uma fofoca”. E sossega os trabalhadores.
Em directo de São Paulo, Germán Efromovich deu esta noite uma entrevista à TVI, onde explicou que o seu interesse na TAP só pode trazer bem à empresa que os portugueses “tanto amam”. “Se depender de mim vocês vão amar muito mais a TAP”, disse.
“Não tem porquê mudar a sede da TAP de Lisboa”, disse o único interessado na privatização da TAP, cuja decisão será anunciada na próxima quinta-feira, dia 20 de Dezembro. “Não existe motivo algum neste momento para mudar a sede da TAP.”
O mesmo discurso se aplica às rotas da empresa: “Todas as rotas actuais da TAP, pelo que estudámos, são rotas rentáveis, não tem sentido alterá-las. Pelo contrário, o que interessa é aumentar as rotas para os países de língua portuguesas, como Moçambique, por exemplo. A ideia é ampliar rotas para muitos outros destinos. Estamos adquirir a TAP não para reduzi-la, não faz sentido, mas para ampliá-la”, afirmou Efromovich.
Além do reforço da capacidade para voos em Moçambique, o empresário falou de novas rotas para El Salvador e Bogotá, o que será possível com a existência de novas aeronaves para a companhia de bandeira portuguesa.
Em relação aos trabalhadores, que hoje se manifestaram mais uma vez a favor da suspensão da privatização da TAP, nomeadamente porque ela poderá provocar despedimentos, Germán Efromovich respondeu: “Essa preocupação é normal, aconteceu a mesma coisa na Avianca”, adquirida há cerca de uma década por Efromovich. Na altura, “assumimos [a empresa] com 4.500 colaboradores, [hoje] estamos com 15 mil.”
Na TAP, “as pessoas que estão lá a trabalhar, elas vão continuar a trabalhar. Quem está lá trabalhando, tem o posto de trabalho assegurado”. Só quem está sem nada que fazer poderá sair, disse.