Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

EDP quer comprar mais 20% da Cantábrico

A Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur pretendem adquirir uma participação adicional de 20% na Hidrocantábrico, estando a desenvolver esforços nesse sentido ao negociar com a alemã EnBW, noticiou o jornal espanhol «ABC».

16 de Outubro de 2001 às 09:30
  • ...
A Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur pretendem adquirir uma participação adicional de 20% na Hidrocantábrico, estando a desenvolver esforços nesse sentido ao negociar com a alemã EnBW, noticiou o jornal espanhol «ABC».

Segundo a referida publicação, a EDP e a Cajastur pretendem assegurar uma posição de 40% na quarta maior eléctrica do país vizinho, o que permitiria garantir o controle da gestão da empresa, a juntar aos 15% que são controlados unicamente pela Cajastur.

O objectivo da EnBW passa por garantir a desblindagem dos estatutos da Hidrocantábrico, de forma a conseguir exercer na íntegra os direitos de voto sobre o capital que detém naquela companhia.

Segundo a mesma fonte, a EnBW pagou cerca de 601 milhões de euros (120,5 milhões de contos) pela posição de 20% que a eléctrica nacional pretende adquirir, mas a EDP considera esse preço «excessivo» e pretende gastar um montante inferior.

A EnBW, participada da Eléctricité de France (EDF), apoiou uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela espanhola Ferroatlántica, sobre a Hidrocantábrico, tendo assegurado, desse modo, uma posição de 59,66% no capital da eléctrica asturiana.

A EDP [EDP] e a Cajastur lançaram uma OPA concorrente, através de uma sociedade formada para o efeito e denominada Adygensival, garantindo uma participação de 19,2% no capital da empresa.

Os estatutos da Hidrocantábrico impedem actualmente que os accionistas exerçam os direitos de voto correspondentes a mais de 10% do capital, sendo necessária uma maioria de 75% dos votos em assembleia geral (AG) de accionistas para inviabilizar esta regra.

Devido a este facto, a EDP e a Cajastur podem votar com 20% nas AGs da Hidrocantábrico, enquanto a EnBW e a Ferroatlántica apenas podem votar com 10% do capital, pelo que a posição da eléctrica nacional e da sua parceira funciona como uma força de bloqueio.

A EnBW admitiu ontem em comunicado que «está a manter conversações com a EDP e a Cajastur, com o propósito de conseguir uma solução negociada, que respeite o interesse geral da Hidrocantábrico».

O presidente da EDP, Francisco Sánchez, afirmou recentemente, na apresentação dos resultados semestrais, que a eléctrica portuguesa e a Cajastur pretendem garantir uma «posição accionista maioritária de controlo» na Hidrocantábrico.

As acções da EDP encerraram ontem a perder 3,45% para os 2,80 euros (561 escudos).

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio