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EDP e EnBW oficializam amanhã acordo sobre Hidrocantábrico

A Electricidade de Portugal (EDP) e a sua congénere alemã EnBW vão assinar amanhã o acordo visando a partilha do controle da espanhola Hidrocantábrico, na sequência das negociações desenvolvidas nos últimos meses, apurou o Negocios.pt.

04 de Dezembro de 2001 às 19:14
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A Electricidade de Portugal (EDP) e a sua congénere alemã EnBW vão assinar amanhã o acordo visando a partilha do controle da espanhola Hidrocantábrico, na sequência das negociações desenvolvidas nos últimos meses, apurou o Negocios.pt.

Segundo apurou o Negocios.pt, a Hidrocantábrico está a preparar para amanhã uma conferência de imprensa, em que deverá ser anunciado oficialmente o acordo entre a EDP [EDP], a sua parceira Cajastur, e a EnBW, que é participada da Eléctricité de France (EDF).

A EnBW anunciou esta semana que prevê trocar a sua posição de 59,66% na quarta eléctrica espanhola por uma futura participação na Adygesinval, a empresa que reúne as participações da EDP e da CajAstur na Hidrocantábrico.

A EDP controla actualmente uma participação de 19,2% na Hidrocantábrico, enquanto a Cajastur detém, directa e indirectamente, uma posição na ordem dos 15%. De acordo com informações avançadas recentemente pela imprensa do país vizinho, o acordo entre as três partes permitiria à EDP reforçar a sua presença na eléctrica espanhola para os 40%.

A EnBW impôs condições para a realização desta operação, como a realização de um contrato de accionistas para a futura gestão da eléctrica espanhola e que as autoridades competentes autorizem o mesmo acordo até 15 de Outubro de 2002, bem como que nesta data a Hidrocantábrico já não esteja cotada em Bolsa.

O acordo irá implicar que a EnBW desista da opção de compra sobre 50% da Ferroatlántica, empresa com a qual comprou a posição agora detida na Hidrocantábrico. A eléctrica alemã terá de pagar uma indemnização à Ferroatlántica pela quebra deste acordo.

Os estatutos da Hidrocantábrico encontram-se actualmente blindados, com os accionistas a não poderem exercer os direitos de voto sobre mais de 10% do capital, sendo necessária uma maioria de 75% do capital para inviabilizar esta regra em assembleia geral (AG) de accionistas.

Esta situação leva a que a EDP e da Cajastur disponham de mais direitos de voto que a EnBW, apesar de controlarem uma participação inferior no capital da Hidrocantábrico, o que forçou a EnBW a procurar o acordo com a eléctrica nacional e a sua parceira.

As acções da EDP encerraram a perder 3,57% para os 2,43 euros (487 escudos).

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