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EDP desmente negociações para compra dos 35% da EnBw na Cantábrico (act.)

A EDP desmentiu hoje a notícia do «Cinco Días» que dá conta de negociações com a EnBw para a compra de 35% detidos na Cantábrico. Os analistas estimam que a opção de venda da alemã custaria à EDP 756 milhões de euros, mais o reconhecimento de 100% da dívi

22 de Março de 2004 às 14:09
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(acrescenta declaração de Horácio Piriquito, Porta Voz da EDP; actualiza cotações)

A EDP desmentiu hoje a notícia do «Cinco Días» que dá conta de negociações com a EnBw para a compra de 35% detidos na Cantábrico. Os analistas estimam que a opção de venda da alemã custaria à EDP 756 milhões de euros, mais o reconhecimento de 100% da dívida da eléctrica espanhola que passaria a ser consolidada integralmente.

A EDP desmentiu hoje a notícia do «Cinco Días» que dá conta de negociações com a EnBw para a compra de 35% detidos na Cantábrico. Os analistas estimam que a opção de venda da alemã custaria à EDP 756 milhões de euros, mais o reconhecimento de 100% da dívida da eléctrica espanhola que passaria a ser consolidada integralmente.

A edição de sábado do «Cinco Días» avança que a Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] intensificou na semana transacta as negociações com a EnBw, eléctrica alemã controlada pela Électricité de France (EdF), para a compra dos 35% detidos na eléctrica das Astúrias, a Hidrocantábrico, passando a eléctrica nacional a controlar 75% do capital.

O mesmo órgão de informação avança que o valor a ser pago pela EDP oscilaria entre 900 milhões de euros a mil milhões de euros.

«A EDP vai crescer em Espanha ao ritmo do Mibel, como sempre o temos afirmado. Desmentimos quaisquer negociações com a EnBw para a compra de 35% da HC. Tudo o que se disser sobre essa questão é pura especulação», afirmou Horacio Piriquito ao Canal de Negócios.

Os analistas do ES Research (ESR) recordam que a intenção da EDP tem como objectivo a compra só a médio prazo, após a integração dos mercados de electricidade dos países ibéricos.

A EDP e a EnBw estabeleceram um acordo segundo o qual, a eléctrica alemã ficou com uma opção de venda que lhe confere a opção de alienar 35% da Cantábrico pelo valor do capital investido (686 milhões de euros) mais um custo de oportunidade ou «cost of carry».

Os analistas do ESR, considerando uma taxa de «cost of carry» de 5% para o período de dois anos, calcula um encaixe para a EnBw de 756 milhões de euros.

«Consideramos uma probabilidade muito baixa para uma aquisição desta participação a curto prazo e a um preço acima do valor da opção de venda estabelecido no acordo», conclui o ESR que tem um preço alvo de 2,80 euros para a EDP e uma recomendação de «comprar».

O BPI, numa nota diária a clientes refere que, apesar desta aquisição fazer sentido do ponto de vista estratégico, a sua concretização seria vista com maus olhos pelo mercado já que implicaria uma subida da dívida, quer pelo preço pago (900 milhões de euros), quer pela assunção de 100% da dívida da Cantábrico (contra os actuais 40%), já que esta teria de passar a ser consolidada de forma integral e não proporcional. O aumento do endividamento por esta via representaria mais 1,3 mil milhões de euros.

O BPI refere que a EDP pagou 800 milhões de euros pelos 40% da Cantábrico. O banco tem uma recomendação de «compra» e um preço alvo de 2,70 euros.

As acções da EDP negociavam em queda de 0,88% para 2,26 euros, com 6,5 milhões de acções movimentadas.

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