A Energias de Portugal (EDP) explica que, em relação às notícias que dão hoje conta que a eléctrica estará interessada em alienar a participação que detém na Optimus, foi contactada pela Sonaecom para que se efectuasse uma operação «roll-up», mas que até à data não conseguiram chegar a acordo.

A empresa actualmente liderada por António Mexia, explica que a EDP tem «um direito de preferência em relação à alienação futura» dos 25,7% detidos pela OPTEP, que em 2002 foi vendida à empresa de direito luxemburguês Thorn Finance.

«A EDP apenas manteve um direito de preferência em relação à alienação futura dessa participação social na Optimus que lhe permite adquirir a mesma com preferência perante terceiros ou indicar uma terceira entidade que proceda a essa aquisição», segundo um comunicado enviado pela eléctrica à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com base nisto a EDP diz ter sido «contactada no passado pela Sonaecom, SGPS, accionista maioritária da Optimus, manifestando esta a sua disponibilidade para efectuar uma operação de ‘roll-up’ tendente a concentrar na Sonaecom as acções da Optimus controladas pela Thorn Finance».

Um «roll-up» implica que a EDP trocasse a participação detida na Optimus por uma posição proporcional da Sonaecom.

A EDP adianta ainda que «embora não se tenha mostrado possível até à presente data chegar a um entendimento que permita a realização de uma tal operação, a Comissão Executiva da EDP encontra-se devidamente mandatada pelo respectivo Conselho de Administração para analisar e actuar face a uma eventual proposta ou notificação que possa vir a receber a este respeito».

As acções da EDP [edp] desvalorizavam 0,65% para os 3,08 euros e a Sonae SGPS [son] ganhava 0,75% para os 1,35 euros.