A apneia do sono é um distúrbio do sono. Actualmente, o diagnóstico da doença é feito com recurso a vários sensores, que são colocados em vários pontos do corpo do paciente. Mas uma start-up, fundada por um português e por um belga e que se chama Ectosense, está a trabalhar para facilitar o diagnóstico desta patologia.

"Usamos tecnologia de sensores móveis, tal como os sensores que podem ser encontrados em relógios inteligentes, para detectar distúrbios no sono. O nosso foco principal é a apneia do sono", explicou aos jornalistas Duarte Mendes de Almeida, co-fundador Ectosense. Para isso, usam um dispositivo que parece um relógio, que é colocado no pulso do paciente e "durante a noite os nossos algoritmos de ‘machine learning’ analisam os sinais e detectam a apneia do sono".

"O que fazemos é analisar os dados gravados durante toda a noite e produzimos o diagnóstico para que o médico o possa usar. É para diagnosticar e não tratar", frisa o co-fundador.

Actualmente, o software inerente a este dispositivo está já "praticamente pronto" e a equipa continua a realizar testes em instituições de saúde para obter uma validação de forma a poder comercializar a solução. Em simultâneo, os empreendedores estão também a trabalhar em novas características do dispositivo.

O projecto desenvolvido por esta start-up convenceu os júris do Protechting, o programa de apoio a start-ups da Fidelidade, e ficou em primeiro lugar.

Em segundo lugar ficou a Clean Been, que tem um sistema de conformidade da higiene das mãos em instituições de saúde. E em terceiro lugar ficou a LifeSymb, com um sistema a três dimensões, com base em sensores, para evitar lesões.