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Diretor executivo do Credit Suisse demitiu-se

O Credit Suisse reportou esta quarta-feira perdas de 1.866 milhões de francos suíços (1.913 milhões de euros) no primeiro semestre de 2022.

Reuters
27 de Julho de 2022 às 09:36
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Thomas Gottstein, diretor executivo do Credit Suisse desde 2020, demitiu-se esta quarta-feira do cargo e vai ser substituído a partir de 1 de agosto por Ulrick Korner, anunciou o banco envolvido em vários escândalos ainda em aberto.

David Miller e Michael Ebert vão assumir a direção da divisão de investimento, acrescenta o comunicado do Credit Suisse que reportou esta quarta-feira perdas de 1.866 milhões de francos suíços (1.913 milhões de euros) no primeiro semestre de 2022. 

O Credit Suisse sublinhou a urgência em alterar o plano estratégico da entidade "tendo em conta as mudanças económicas e de mercados", para reduzir custos - abaixo dos 15.500 milhões de francos suíços (15.881 milhões de euros) - a médio prazo. 

Gottstein chegou à direção do banco num momento agitado para a instituição devido ao afastamento, em 2020, do antecessor Tidjane Thiam, que se tinha demitido após ter sido tornado público que vários altos cargos do Credit Suisse tinham sido alvo de investigações internas irregulares. 

No princípio de 2022, o então presidente do Credit Suisse, António Horta-Osório também se demitiu depois de ter sido descoberto que tinha violado as regras de quarentena impostas pela pandemia de covid-19.

No passado mês de março foi anunciada a saída do vice-presidente, Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas do banco. 

Por outro lado, o Credit Suisse está ainda a tentar recuperar dos problemas provocados pela exposição às empresas de capitais Archegos e Greensill que colapsaram em 2021. 

Num momento de constantes adversidades para o banco, o Credit Suisse foi em fevereiro alvo de uma reportagem publicada por um consórcio constituído por 50 órgãos de comunicação social de todo o mundo que revelou que o banco manteve durante décadas contas de clientes corruptos.

O Credit Suisse qualificou as notícias como "pouco precisas e descontextualizadas".

 
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