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Credit Suisse negoceia venda de ativos à Pimco. Ações disparam mais de 5%

O banco de investimento vai apresentar um novo plano de reestruturação no próximo dia 27 de outubro para compensar as perdas de capital que tem sofrido nos últimos meses.

Reuters
07 de Outubro de 2022 às 18:39
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A menos de três semanas de o Credit Suisse anunciar um novo plano estratégico, a Bloomberg avança que a gigante Pimco e a Centerbridge Partners estão numa pequena lista de entidades prontas para comprar a unidade de produtos de capital garantido do banco.

A agência de informação norte-americana cita fontes anónimas próximas do processo que especificam que a Centerbridge se sentou à mesa das negociações enquanto co-gestora de ativos da Marttelo RE.

Já a Pimco não está claro se está presente nas conversações a título individual ou se faz parte de um grupo de investidores.

As mesmas fontes acrescentam que o ritmo das negociações acelerou nos últimos tempos, à medida que se aproxima a data do novo plano estratégico.

As unidades de produtos de capital de garantido são por norma bastante lucrativas, no entanto, são operações caras devido aos elevados riscos, e se há coisa que o Credit Suisse precisa neste momento é de poupar.

O banco de investimento vai apresentar um novo plano de reestruturação no próximo dia 27 de outubro, para compensar as perdas de capital que tem sofrido nos últimos meses.

O banco registou entre abril e junho, um prejuízo de 1,59 mil milhões de francos suíços (1,63 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), o terceiro prejuízo trimestral consecutivo. Ao mesmo tempo, a instituição tem sofrido várias mudanças em termos de direção. No início de agosto, o então CEO, Thomas Gottsein abandonou o cargo.

No princípio de 2022, o então presidente, António Horta-Osório, também se demitiu, na sequência da descoberta de uma violação das regras de quarentena impostas devido à pandemia de covid-19. A saída do executivo português foi sucedida pela demissão do vice-presidente, Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas do banco.

O Credit Suisse está ainda a tentar recuperar dos problemas provocados pela exposição às empresas de capitais Archegos e Greensill, que colapsaram em 2021. Desde o início do ano, o banco já perdeu, praticamente, metade do valor em bolsa(-49,54%), tendo no início deste mês batido em mínimos históricos.

Esta sexta-feira, os títulos do banco reagiram às noticias das negociações, a disparar mais de 5% em bolsa para 4,443 francos suíços (4,58 euros à taxa de câmbio atual).
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