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Credit Suisse volta a pagar centenas de milhões de euros para encerrar caso de alegada fraude fiscal
A instituição liderada por Ulrich Körner pagou 238 milhões de euros ao Estado francês para colocar um ponto final a um processo de alegada ajuda aos clientes que esconderam ativos das autoridades tributárias do país.
O Credit Suisse colocou esta segunda-feira um ponto final num alegado caso de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, tendo pago 238 milhões de euros num acordo com o Estado francês, avança a Reuters.
As autoridades estavam a investigar um alegado esquema, que segundo o Ministério Público ocorreu entre 2005 e 2012 e que consistiu na ocultação da riqueza de alguns clientes do banco suíço. As contas dos procuradores concluíram que o Estado francês terá perdido mais de 100 milhões de euros em receita fiscal.
Contactados pela agência canadiana, os advogados da instituição financeira liderada por Ulrich Körner recusaram responder a perguntas específicas sobre este acordo, afirmando apenas que esta foi a melhor maneira "para virar a página" sobre este caso.
Desde que Markus Diethelm assumiu o cargo de diretor de "compliance" do banco em julho, o Credit Suisse tem adotado uma postura negocial em vários processos de diversos foros, desde o cível, passando pelo penal e pelo direito comercial, societário e dos valores mobiliários.
Há uma semana, a instituição financeira chegou a um acordo com o Ministério Público de New Jersey, nos Estados Unidos, relativamente a um caso relacionado com obrigações garantidas por hipotecas residenciais (RMBS), um dos instrumentos ligados à crise financeira e económica iniciada em 2007, a também conhecida do ‘subprime’, tendo pago 495 milhões de dólares (508,74 milhões de euros à taxa de câmbio atual).
Por resolver está um caso similar ao encerrado esta segunda-feira em França.
O Departamento de Justiça dos EUA está a investigar um alegado caso de fraude fiscal, em que o banco poderá ter ajudado a esconder mais uma vez ativos dos clientes. Há oito anos o banco já tinha pago 2,6 mil milhões de dólares (2,67 mil milhões de euros) nos Estados Unidos por um caso semelhante.
Esta decisão surge três dias antes do banco apresentar as contas do terceiro trimestre e o plano estratégico para o futuro.