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Credit Suisse vai vender parte da operação na Suíça

Plano de reestruturação implica também um corte de 6 mil postos de trabalho, revela o Financial Times.

Reuters
16 de Outubro de 2022 às 14:45
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O Credit Suisse está a preparar a venda de parte da operação doméstica do banco na Suíça de forma a conseguir reforçar o capital e reduzir o buraco da instituição financeira, que ascende a um valor próximo dos 4,5 mil milhões de francos suíços (4,59 mil milhões de euros).

A notícia é avançada pelo Financial Times (FT), citando fontes conhecedoras do plano. Segundo o jornal britânico, a menos de duas semanas de apresentar um plano estratégico, a gestão está também a fechar um pesado conjunto de cortes que deverá reduzir o quadro de pessoal em 6 mil dos atuais 50 mil funcionários.

O CEO do banco, Ulrich Körner está em funções desde o verão e tem uma pesada tarefa em mão, após os sucessivos escândalos em que a instituição financeira tem estado envolvida.

Ainda que as atenções sobre o plano de reestruturação tenham estado centradas na venda dos ativos rentáveis do braço de investimento da instituição – como a área de produtos de securitização – a gestão está também a olhar para as áreas não core da atividade doméstica do Crédit Suisse na Suíça.

De acordo com o FT, ainda que a parte principal da unidade doméstica do Credit Suisse no país fique intacta, a ideia da atual gestão é avançar com a venda de algumas subsidiárias e participações noutras empresas.

As unidades e participações que foram consideradas para venda, segundo o jornal britânico, incluem uma participação no SIX Group, que administra a bolsa de valores de Zurique, uma participação de 8,6% na Allfunds, uma empresa de investimento espanhola cotada, de dois bancos suíços especializados, o Pfandbriefbank e Bank-Now, bem como da Swisscard, uma joint venture com a American Express.

Nos últimos dias também já tinha sido público que o banco iria colocar à venda o histórico hotel  Savoy, com dois séculos de existência, a mais antiga unidade hiteleira de Zurique instalada à  frente para a sede do banco, na Paradeplatz, e que poderá render um montante superior a 500 milhões de francos suíços.

O banco registou entre abril e junho, um prejuízo de 1,59 mil milhões de francos suíços (1,63 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), o terceiro prejuízo trimestral consecutivo. Ao mesmo tempo, a instituição tem sofrido várias mudanças em termos de direção. No início de agosto, o então CEO Thomas Gottsein abandonou o cargo.

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