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Credit Suisse paga 495 milhões para resolver caso da crise do "subprime". Ainda há cinco processos por concluir

O caso remonta a antes de 2008 e está relacionado com obrigações garantidas por hipotecas residenciais (RMBS), um dos instrumentos com maiores responsabilidades na crise financeira e económica iniciada em 2007.

O banco, que tem enfrentado problemas ao nível do capital e da confiança os acionistas, vai apresentar um plano de reestruturação a 27 de outubro.
Arnd Wiegmann/Reuters
17 de Outubro de 2022 às 10:33
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O Credit Suisse chegou a um acordo com o Ministério Público de New Jersey, nos Estados Unidos, relativamente a um caso relacionado com obrigações garantidas por hipotecas residenciais (RMBS), um dos instrumentos ligados à crise financeira e económica iniciada em 2007, a também conhecida do ‘subprime’.

 

Em 2013, a Procuradoria de New Jersey abriu um processo contra o banco suíço, a pedir o pagamento de um conjunto de indemnizações até a um total de três mil milhões de dólares, pela venda deste tipo de títulos antes de 2008.

 

"O acordo, para o qual o Credit Suisse já tinha constituído provisões, marca outro passo importante nos esforços do banco para resolver proativamente os litígios", considerou em comunicado a instituição financeira liderada por Ulrich Körner. O banco pagou 495 milhões de dólares. 

 

Esta não é só uma vitória importante para o banco suíço, como para Markus Diethelm, que foi nomeado conselheiro geral do banco no verão deste ano, depois de ter passado 13 anos no rival UBS a resolver disputas judiciais semelhantes.

 

Durante muito tempo, o Credit Suisse destacou-se dos seus pares pela forma como encarou os processos sobre a venda de títulos relacionados pela crise do  ‘subprime", preferindo disputar em vez de negociar, no entanto, mudou a sua postura sobre este assunto nos últimos anos.

 

Em 2017, o banco assinou um acordo de 5,3 mil milhões de dólares com o Departamento de Justiça dos EUA pela venda de RMBS. No ano passado voltou a pagar 600 milhões de dólares por outro caso semelhante. No comunicado emitido esta segunda-feira, a instituição financeira deu conta que ainda tem cinco processos abertos sobre este tipo de instrumentos .

 

Os RMBS, à semelhança dos CMBS (Commercial Mortgage-Backed Securities), hipotecas comerciais, fazem parte dos MBS (Mortgage-Backed Securities), produtos estruturados garantidos por hipotecas.

 

As entidades vendiam pacotes de créditos dos seus clientes a terceiros, permitindo assim que os compradores pudessem cobrar esses mesmos empréstimos a quem os tinha contraído. Como muitos compradores pediam crédito para adquirir estes produtos, quando a crise estalou o contágio deu-se a todos os níveis da cadeia de financiamento.

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