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Credit Suisse quer despedir cinco mil trabalhadores

O banco agora liderado por Ulrich Körner está a estudar um despedimento de 10% dos trabalhadores, numa altura em que atravessa dificuldades, com várias mudanças de executivos no último ano.

Reuters
01 de Setembro de 2022 às 18:35
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O Credit Suisse pondera despedir cerca de cinco mil trabalhadores, numa altura em que o banco tem vivido dificuldades num ano de "transição", com a entrada de um novo CEO, Ulrich Körner, que tem o objetivo de diminuir a componente de investimento do banco e cortar mais de um mil milhão de euros em custos.

Se o plano avançar, a instituição financeira, a segunda maior da Suíça, pode despedir cerca de 10% dos trabalhadores. A notícia está a ser avançada pela Reuters, depois de já terem surgido rumores no início de agosto. No final de junho, o Credit Suisse contava com 51.410 colaboradores nos quadros. Para saber onde cortar, a instituição estaria, à época, a avaliar a eficiência de cada departamento, seja em "backoffice" ou nos postos de contacto direto com os clientes.

O banco registou entre abril e junho, um prejuízo de 1,59 mil milhões de francos suíços (1,63 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), o terceiro prejuízo trimestral consecutivo. Ao mesmo tempo, a instituição tem sofrido várias mudanças em termos de direção. No início de agosto, o então CEO, Thomas Gottsein abandonou o cargo. 

No princípio de 2022, o então presidente, António Horta-Osório, também se demitiu, na sequência da descoberta de uma violação das regras de quarentena impostas pela pandemia de covid-19. A saída do executivo português foi sucedida pela demissão do vice-presidente, Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas do banco.

O Credit Suisse está ainda a tentar recuperar dos problemas provocados pela exposição às empresas de capitais Archegos e Greensill, que colapsaram em 2021.

Desde o início do ano, o banco já perdeu quase metade do valor em bolsa (-44,78%). No final da negociação desta quinta-feira a instituição tombou 3,91% para 4,862 francos suíços, a cotação mais baixa da sua história.
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