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Dixit Joshi é o novo CFO do Credit Suisse. Ações perto de mínimos históricos
A nomeação surge menos de um mês depois de Ulrich Körner ter assumido o cargo de CEO do Credit Suisse.
Dixit Joshi é o novo diretor financeiro (CFO) do Credit Suisse. O executivo, formado em estatística na África do Sul, regressa assim ao banco onde já ocupou várias funções entre 1995 e 2003, entre as quais, diretor administrativo e responsável pelo risco no departamento de derivativos. Nos últimos onze anos o cargo foi ocupado por David Mathers.
Nos últimos cinco anos, Dixit Joshi ocupou o cargo de tesoureiro no Deutsche Bank. Além disso, Francesca McDonagh, até então ocupava a liderança do banco para a Europa, Médio Oriente e África, foi nomeada diretora de operações. A antiga posição de Francesca McDonagh passa a ser assegurada por Francesco De Ferrari, diretor de gestão de património do gigante suíço.
Estas nomeações surgem menos de um mês depois de Ulrich Körner ter assumido o cargo de CEO do Credit Suisse, após Thomas Gottsein ter abandonado o cargo e depois de o banco ter registado, entre abril e junho, um prejuízo de 1,59 mil milhões de francos suíços (1,63 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), o terceiro prejuízo trimestral consecutivo.
O Credit Suisse tem sofrido uma sangria de recursos humanos. No princípio de 2022, o então presidente, António Horta-Osório, também se demitiu depois de ter sido descoberto que tinha violado as regras de quarentena impostas pela pandemia de covid-19.
A saída do executivo português foi sucedida pela demissão do vice-presidente, Severin Schwan, por pressões dos principais acionistas do banco.
Estas nomeações surgem também quase um mês depois de a Bloomberg ter avançado que a administração do Credit Suisse está a discutir a eliminação de milhares de postos de trabalho, numa altura em que o banco suíço procura cortar mil milhões de dólares (cerca de 980 milhões de euros à taxa de câmbio atual) nas despesas.
O Credit Suisse está ainda a tentar recuperar dos problemas provocados pela exposição às empresas de capitais Archegos e Greensill, que colapsaram em 2021.
Desde o início do ano, o banco já desvalorizou 43,44% para 4,98 francos suíços, estando muito perto de tocar na cotação mais baixa da sua história (4,961 francos suíços).