A Parmalat irá proceder ao pagamento em dinheiro, da dívida contraída junto dos seus credores «preferenciais». A empresa italiana anunciou-o através de um documento disponibilizado no seu site.

De acordo com o administrador da maior empresa alimentar italiana, Enrico Bondi, somente uma pequena parte da divida de 14 mil milhões de euros se encontra dentro dessa classe de credores «preferenciais».

Este grupo integra maioritariamente fornecedores diários da empresa. No que diz respeito à grande parte dos credores da empresa, serão reembolsados através do recebimento de acções da nova empresa que substituirá a Parmalat.

«A divida aos credores preferenciais será paga», referiu Lyndon Norley, um especialista em reestruturação de empresas na Kirkland & Ellis.

Novo plano industrial já é conhecido

O novo plano industrial para a empresa respeitante ao período 2004-2006 já foi apresentado aos credores. No entanto, de acordo com Enrico Bondi, o plano só apresentará os seus melhores resultados no final dos três anos.

Segundo as previsões preconizadas pela empresa, no final de 2004 os rendimentos vão ascender a 3,6 mil milhões de euros, com um lucro operacional bruto de 300 milhões de euros. Quanto a 2005, as perspectivas apontam para um rendimento de 3,8 mil milhões de euros, com um lucro operacional bruto de 410 milhões de euros.

Em 2006 os rendimentos serão de 3,977 mil milhões de euros, com um lucro semelhante ao ano anterior. No que concerne a 2007, a empresa espera obter rendimentos na ordem dos 4,1 mil milhões de euros, e um lucro operacional bruto de 490 milhões de euros.