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Corrida à Lua continua mesmo sem prémio da Google

A Google, patrocinadora da competição Lunar X Prize, cancelou o concurso, mas isso não está a impedir algumas equipas de continuarem em jogo.

17 de Março de 2018 às 19:00
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A Google cancelou a competição Lunar X Prize, depois de se ter tornado evidente que nenhum explorador privado completaria a viagem à Lua dentro do prazo, que termina no dia 31 de Março.

 

No entanto, a decisão da gigante tecnológica que patrocina a competição não vai travar pelo menos três equipas - de Israel, do Japão e dos EUA - que afirmam que as suas missões serão levadas adiante, com ou sem o prémio de 20 milhões de dólares do concurso.

 

"Estamos a ir de vento em popa", disse Yigal Harel, director de programa da SpaceIL, a equipa israelita que planeia pousar na Lua no final deste ano.

 

Quando a competição Google Lunar X Prize foi lançada em 2007, o interesse na exploração da Lua estava em decréscimo. Mas o concurso teve o efeito pretendido, dando início a um pequeno sector de pretendentes a exploradores espaciais, mesmo que ninguém tenha conseguido embolsar o dinheiro da Google.

 

No ano passado, o investimento global em start-ups espaciais realizado por capitais de risco subiu para um recorde de 2,8 mil milhões de dólares, segundo a empresa de pesquisa CB Insights.

 

Um dos motivos pelos quais é agora mais fácil chegar à Lua é que escapar da gravidade da Terra tornou-se muito mais barato. Serviços privados de lançamento, como os que são oferecidos pela Space Exploration Technologies, de Elon Musk, podem colocar um satélite em órbita por cerca de um décimo do valor de há dez anos.

 

A equipa com maior probabilidade de chegar à Lua em primeiro lugar é a SpaceIL, uma organização sem fins lucrativos, que está a tentar a façanha principalmente para mostrar que ela pode ser feita. Com algum financiamento da Agência Espacial de Israel e do magnata dos casinos Sheldon Adelson, a equipa pretende chegar à Lua num dos foguetes Falcon 9 de Musk antes do final de 2018.

 

Outras equipas vêem nesta missão oportunidades de negócio para a construção de infraestruturas lunares, para o transporte de materiais para a Lua ou para a extracção de minerais do solo.

 

A Astrobotic Technology, com sede em Pittsburgh, e a japonesa ispace, que também disputavam o X Prize, aspiram a ser versões lunares da FedEx, com planos para, no futuro, transportarem equipamentos científicos e bens comerciais para a Lua.

 
(Título original: 
Who Needs $20 Million? Moon Race Still on Without Google's Prize)

 

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