O BPI considera "neutral" a "positivo" o impacto da assinatura de um acordo da Galp Energia para a compra do negócio de distribuição de produtos petrolíferos da Royal Dutch Shell na Suazilândia, Moçambique e na Gâmbia, por um valor total de 55 milhões de dólares (35,6 milhões de euros).

"Se bem que isto possa não ter um impacto significativo nas contas da Galp, está em linha com a estratégia da empresa de reforçar a sua presença em África. A empresa está a capitalizar as boas relações que tem naquele continente e a sua actividade de exploração e produção, essencialmente em Angola", refere a nota de "research" do BPI.

De acordo com os analistas do banco, o negócio "downstream" (refinação, distribuição e venda de produtos petrolíferos) representa aproximadamente 10 milhões de euros de EBITDA (cerca de um 1,5% da sua actividade de refinação e marketing).

A aquisição dos referidos negócios da Shell "permitirá um aumento de 45% nos volumes de vendas da distribuição de produtos petrolíferos e uma maior diversificação geográfica em África, com quotas de mercado que variam entre os 15% e os 40%, e permitirá ainda desenvolver os seus negócios nos eixos de Moçambique-Suazilândia e Cabo Verde-Guiné-Bissau-Gâmbia", referiu ontem a Galp em comunicado à CMVM.

O BPI tem uma recomendação de "manter" para a empresa liderada por Ferreira de Oliveira e um preço-alvo de 17,05 euros.