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Comissário Carlos Moedas considera que futuro da Europa passa pela economia circular

O Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, advogou esta quarta-feira, em Tondela, no distrito de Viseu, que o futuro da Europa passa por fazer a transição da economia linear para a economia circular.

'Com a evolução do panorama da comunicação social, celebrar 15 anos de vida é um grande motivo de satisfação. O Jornal de Negócios para mim é a informação de excelência na área económica que tem ajudado, como poucos, a esclarecer por palavras simples temas que têm tanto de complexo como de importante para a sociedade portuguesa.'
04 de Abril de 2018 às 21:37
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"Dentro das prioridades que temos hoje dentro da Comissão Europeia a economia circular é uma delas, o que quer dizer que temos de reduzir a quantidade de resíduos que hoje produzimos", disse o comissário português, no final de uma visita à unidade de reciclagem Interecycling.

 

Segundo Carlos Moedas, existe já o objectivo de até 2030 reciclar 65% daquilo que são os lixos municipais dentro dos países da União Europeia.

 

O antigo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro Passos Coelho salientou que este programa "é pioneiro na Europa e no mundo, porque não há muitas partes no mundo que tenham a coragem de ter estes objectivos".

 

"Não podemos apenas continuar a produzir e a ter mais lixo. Temos de utilizar esse lixo para construir outros produtos e assim criar uma economia que não cria resíduos", sublinhou.

 

Salientando que a Europa é o líder neste sector, o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação destacou que a economia circular "é um grande diferenciador para criar emprego, conseguir ser melhor do que os outros, mas sobretudo na própria economia".

 

Outro dos objectivos europeus, frisou Carlos Moedas, passa pela reciclagem do plástico que existe nos mares, correspondente a um continente entre o Índico e o Pacífico.

 

"Não podemos continuar a atirar mais lixo para os oceanos, que é fundamentalmente de plástico, temos de ser capazes de retirar esse lixo, reciclá-lo, utilizá-lo para outros produtos e conseguir ter uma economia que não produza mais um continente de resíduos", referiu.

 

O comissário português adiantou que o programa de ciência da Comissão Europeia tem mais de 650 milhões para o sector da economia circular, mas que dentro dos fundos estruturais foram canalizados 5,5 mil milhões de euros para esta área.

 

Acompanhado do secretário de Estado do Ambiente, da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro e dos presidentes das Câmaras de Tondela e Viseu, Carlos Moedas visitou a Interecycling, a funcionar desde o ano 2000, que processa anualmente 8.000 toneladas de resíduos eléctricos e electrónicos e outras tantas toneladas de plástico.

 

A empresa factura 3,7 milhões de euros e é o maior projecto de reciclagem da Península Ibérica, exportando 35% da sua produção.

 

"Esta empresa é o exemplo daquilo que queremos para a Europa de futuro, que é passar de uma economia linear para uma economia circular, utilizando o lixo para criar outros produtos", enfatizou Carlos Moedas.

 

O Comissário Europeu iniciou nesta empresa o sexto Roteiro da Ciência no distrito de Viseu, que termina quinta-feira com a visita ao Centro de Competências IBM/Softinsa, naquela cidade beirã.

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