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Cinco empresas aliam-se para modernizar sistema de sinalização ferroviária em Portugal
A Stadler, a Medway e a Alpha Trains, em parceria com a Critical Software e a Thales, vão desenvolver o seu próprio equipamento de bordo de sinalização ferroviária para o mercado português.
A fabricante suíça de material circulante ferroviário Stadler, o operador ferroviário português Medway, a companhia de leasing Alpha Trains, a empresa de engenharia portuguesa Critical Software e a empresa de sinalização ferroviária Thales, através da sua equipa portuguesa, vão desenvolver em conjunto um sistema de sinalização de equipamento de bordo produzido em específico para Portugal, "o que elimina a dependência externa e facilita a migração para a norma europeia", anunciaram esta quinta-feira as empresas em comunicado.
"O principal objetivo da colaboração é desenvolver um Módulo de Transmissão Específico (STM) Convel externo, adaptável a qualquer fornecedor ETCS (European Train Control System), contribuindo assim para a migração correta do sistema, estando alinhados com as recomendações da Agência Ferroviária Europeia", dizem na mesma nota, acrescentando que "os comboios produzidos pela Stadler para circular em Portugal irão instalar um ETCS fornecido pela Thales e um STM externo desenvolvido pela Critical Software".
Como explicam, o ETCS - um sistema standard europeu de proteção automática de comboios, concebido para melhorar a segurança e eficiência na operação ferroviária – "foi desenvolvido pela União Europeia para estabelecer um sistema de sinalização comum em toda a Europa", que está "gradualmente a ser implementado em todos os países" e "espera-se que substitua os sistemas nacionais de sinalização e controlo (Convel em Portugal), uma vez que estes são incompatíveis entre si, criando, desta forma, uma norma única".
O STM Convel é um sistema que "permite que os comboios com ETCS circulem em linhas com Convel (sistemas de segurança nacionais) que não têm ETCS", dizem ainda.
"Estes desenvolvimentos tecnológicos permitirão um aumento da qualidade do serviço e do apoio técnico prestado pelos operadores portugueses, não obstante a clara extensão de disponibilidade desta solução para qualquer fabricante ou operador de material circulante no mercado", dizem as empresas na mesma nota, considerando tratar-se de "um salto tecnológico importantíssimo para Portugal".