Quanto mais água, mais as centrais hidroeléctricas estão a produzir, mais barata é a energia. Desta forma, a chuva que desde o início do ano anda a marcar os dias dos portugueses pode, afinal, vir a ter um efeito positivo nas carteiras dos portugueses.

A água é um recurso mais barato para produzir electricidade do que o gás ou o carvão e, para o bem e para o mal, as hídricas têm um forte peso no sistema eléctrico nacional.

Depois de anos a sofrer na conta da luz os efeitos da seca, com os actuais níveis de chuva a manterem-se nos próximos tempos, os consumidores podem vislumbrar um abaixamento das tarifas de electricidade no próximo ano.

Mas a REN - Redes Energéticas Nacionais continua a considerar que este é um Inverno muito seco. O impacto real do aumento da pluviosidade no último mês e meio é, no entanto, ainda difícil de medir. A grande maioria dos consumidores nacionais de electricidade (cerca de 97%) estão no regime regulado e estas tarifas seguem o princípio da aditividade, ou seja, a soma de várias componentes, como o uso geral do sistema (renováveis, convergência tarifária com regiões autónomas da Madeira e Açores, entre outros).