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Chumbado plano de recuperação da Lisgráfica
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, recusou a homologação do acordo concluído entre a Lisgráfica e os seus credores no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER).
A Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas S.A. informou, em comunicado à CMVM, que "no âmbito do processo especial de revitalização iniciado a 27 de Junho de 2017 (…), foi notificada de que foi proferido despacho judicial do juiz 1 do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra que recusa a homologação do acordo concluído entre a Lisgráfica e os seus credores."
A empresa tinha solicitado há um ano, ao tribunal de Sintra a entrada em Processo Especial de Revitalização (PER), um procedimento destinado a evitar a insolvência.
Em 2012, a Lisgráfica tinha também já pedido um PER, que foi aprovado no final desse ano pelos credores, depois homologado pelo tribunal em Maio do ano seguinte – só no final de 2013 transitou em julgado.
Em Março de 2017, a empresa liderada por Luciano Patrão referiu que "as medidas previstas no plano de revitalização foram implementadas na sua quase totalidade, e o seu efeito é nítido na melhoria dos resultados da empresa, que apesar de negativos apontam para uma inversão da trajectória de degradação".
"Em complemento, a empresa elaborou um plano estratégico de forma a atingir os objectivos de equilíbrio económico-financeiro", enunciava o documento datado do final do primeiro trimestre do ano passado.
Entretanto, em Junho pedia nova entrada em PER e o acordo a que chegou com os credores, no passado dia 26 de Dezembro, foi agora chumbado pelo tribunal.
A Lisgráfica registou prejuízos de 489 mil euros no primeiro trimestre deste ano, um agravamento de 33% face ao período homólogo de 2017. Também os proveitos correntes e o EBITDA diminuíram.
(notícia actualizada às 22:38)