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China pressiona tecnológicas para se manterem longe dos "chips" da Nvidia

Numa tentativa de reforçar a autossuficiência em tecnologias críticas, Pequim está a dar indicações às companhias locais para tentarem obter o maior número de componentes de tecnológicas chinesas.

Reuters
27 de Setembro de 2024 às 21:28
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Pequim está a pressionar as empresas chinesas para não comprarem "chips" de inteligência artificial (IA) a empresas estrangeiras como a Nvidia, e passar a obter estes equipamentos localmente. Este é um dos mais recentes esforços da China para expandir a sua indústria de semicondutores e contrariar as sanções impostas pelos Estados Unidos.

De acordo com a Bloomberg, estas indicações têm surgido por parte dos reguladores chineses e têm sido particularmente direcionadas aos "chips" H20, um dos mais avançados da Nvidia. No entanto, esta política tem seguido um formato de aconselhamento, ao invés de uma proibição. Por detrás deste formato está uma tentativa de Pequim de evitar prejudicar as suas próprias companhias ligadas à inteligência artificial e aumentar as tensões com os Estados Unidos.

A decisão pretende impulsionar as fabricantes de "chips" domésticas a ganharem quota de mercado, preparando, ao mesmo tempo, as tecnológicas chinesas para potenciais novas restrições por parte de Washington. Entre as líderes no fabrico de processadores de IA estão a Cambricon e Huawei. Como parte desta tentativa de construir maior autossuficiência em tecnologias críticas, Pequim já tinha pedido aos fabricantes de veículos elétricos que procurassem a maioria dos seus componentes junto de empresas locais.

Foi em 2022 que o governo norte-americano proibiu a Nvidia de vender os seus processadores de IA mais avançados a clientes chineses, para tentar limitar os avanços tecnológicos da China. A Nvidia modificou as subsequentes versões dos "chips" para que pudessem ser vendidos de acordo com os regulamentos do Departamento de Comércio dos EUA. A linha H20 é um dos processadores que se encaixa nesse critério.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas querem que as empresas locais construam os melhores sistemas de IA possíveis. Se tal significar a compra de alguns semicondutores estrangeiros, Pequim continuará a tolerar essa abordagem. Várias tecnológicas chinesas, incluindo a ByteDance e a Tencent realizaram uma corrida aos "chips" da Nvidia antes da entrada em vigor dos controlos às exportações.

A China tem investido biliões em subsídios ao setor, mas os "chips" de IA locais permanecem tecnologicamente atrás dos da Nvidia. A ByteDance e a Alibaba têm investido agressivamente neste setor, enquanto um conjunto de "startups" está a disputar a liderança.

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