Notícia
CEO da Eurocash: Em Portugal "há impunidade total. O crime compensa"
O CEO da Eurocash, Luís Amaral, fez hoje um retrato demolidor sobre o sistema de ensino português que "promove a mediocridade", o sistema judicial em que o crime compensa, e um sistema financeiro que dá dinheiro a pessoas e não às ideias. Durante um encontro do INSEAD no CCB, o líder da Eurocash criticou ainda a falta de apetência da economia portuguesa para o risco.
16 de Março de 2012 às 15:07
Frisando que se tratava de um relato de um emigrante radicado na Polónia, Luís Amaral (na foto) começou por defender que o sistema de ensino em Portugal promove a mediocridade das pessoas, não distinguindo as boas. "O sistema trava os jovens e não os desenvolve", criticou Luís Amaral.
A seguir o gestor passou para o retrato do sistema judicial, em que disse existir uma impunidade total. "Sou emigrante, só vejo pelos jornais, mas eles nunca vão para a prisão. É recursos e mais recursos e estão todos cá fora. Se o sistema judicial não funciona leva à impunidade. O crime compensa", afirmou o gestor.
Da justiça o CEO da Eurocash passou para o sistema financeiro. "Sou empresário, trabalho na Polónia e tenho mais facilidade em aceder ao sistema financeiro lá do que teria em Portugal."
O líder da especialista em retalho grossista diz que a banca em Portugal não funciona "baseado na ideia mas no indivíduo". Para Luís Amaral a banca está confortável dentro deste sistema em que empresta dinheiro sempre aos mesmos.
O empresário criticou ainda a falta de propensão ao risco da economia portuguesa que faz com que qualquer um que falhe uma vez não possa voltar a tentar. "Devemos apreciar os que correm riscos mesmo quando falham porque eles correm riscos", disse o CEO da Eurocash, acrescentando "que pensamos pequenino".
Seguidamente o empresário passou em revista algumas das características que fortalecem os portugueses, tais como a criatividade, dando como exemplo os inúmeros prémios que investigadores portugueses recebem na área da saúde ou os prémios para os nossos arquitectos.
A flexibilidade do povo português é também vista como um ponto positivo pelo gestor. Mas ainda assim com um pequeno reparo: "A vida dos portugueses mudou radicalmente num ano e nada está acontecer. As pessoas têm uma capacidade grande de absorver. Às vezes demasiado grande. Às vezes era bom que andássemos na rua a partir umas montras para mostrar que estamos vivos."
Comparando Portugal com a Polónia, Luís Amaral frisou que Portugal é um país de "jeitinhos, em que a criatividade está acima da organização, mesmo quando a prejudica".
A seguir o gestor passou para o retrato do sistema judicial, em que disse existir uma impunidade total. "Sou emigrante, só vejo pelos jornais, mas eles nunca vão para a prisão. É recursos e mais recursos e estão todos cá fora. Se o sistema judicial não funciona leva à impunidade. O crime compensa", afirmou o gestor.
O líder da especialista em retalho grossista diz que a banca em Portugal não funciona "baseado na ideia mas no indivíduo". Para Luís Amaral a banca está confortável dentro deste sistema em que empresta dinheiro sempre aos mesmos.
O empresário criticou ainda a falta de propensão ao risco da economia portuguesa que faz com que qualquer um que falhe uma vez não possa voltar a tentar. "Devemos apreciar os que correm riscos mesmo quando falham porque eles correm riscos", disse o CEO da Eurocash, acrescentando "que pensamos pequenino".
Às vezes era bom que andássemos na rua a partir umas montras para mostrar que estamos vivos.
Luís Amaral
CEO da Eurocash
Luís Amaral
CEO da Eurocash
Seguidamente o empresário passou em revista algumas das características que fortalecem os portugueses, tais como a criatividade, dando como exemplo os inúmeros prémios que investigadores portugueses recebem na área da saúde ou os prémios para os nossos arquitectos.
A flexibilidade do povo português é também vista como um ponto positivo pelo gestor. Mas ainda assim com um pequeno reparo: "A vida dos portugueses mudou radicalmente num ano e nada está acontecer. As pessoas têm uma capacidade grande de absorver. Às vezes demasiado grande. Às vezes era bom que andássemos na rua a partir umas montras para mostrar que estamos vivos."
Comparando Portugal com a Polónia, Luís Amaral frisou que Portugal é um país de "jeitinhos, em que a criatividade está acima da organização, mesmo quando a prejudica".