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CEO da alemã Thyssenkrupp alerta que empresa está “numa situação muito difícil”
A CEO da fabricante alemã alertou os acionistas que a Thyssenkrupp está situação financeira “apertada”. E que a reestruturação em curso vai continuar a refletir-se nas contas da empresa durante muitos anos
Chegou a ser apontada como um exemplo da engenharia alemã. Mas hoje, a Thyssenkrupp luta pela sobrevivência. E segundo a presidente executiva da fabricante, Martina Merz, está mesmo "numa situação extremamente difícil". A reestruturação em curso vai ter impacto nos lucros nos próximos anos, alertou, citada pela Bloomberg.
A Thyssenkrupp, que chegou a ser uma das maiores fabricantes de aço, já anunciou que quer vender o seu negócio de elevadores, avaliado em mais de 15 mil milhões de euros de modo a tentar compensar as perdas que estão a ter nos negócios de aço e engenharia.
"Os desafios são grandes: nosso balanço patrimonial permanece fraco e o desempenho de alguns de nossos negócios permanece insatisfatório", disse Martina Merz aos acionistas. "Não temos tempo a perder", avisou.
A alemã espera chegar a uma decisão sobre a venda da área de elevadores até o final de fevereiro, estando ainda a avaliar a eventual alienação de outras divisões. E tendo em conta a situação da empresa, a CEO da fabricante alemã já deixou o aviso aos acionistas para não esperarem receber dividendos da venda do negócio de elevadores.
"A Thyssenkrupp está em uma situação financeira extremamente apertada". "Pagar um dividendo não seria justificável nessa situação. A empresa precisa de todos os fundos disponíveis", acrescentou.