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Centros comerciais criam plano de retoma para o retalho. Fecharam 200 lojas em 2020

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais está a trabalhar num Plano de Retoma para o setor do retalho. Rodrigo Moita de Deus é o novo diretor-executivo da associação.

15 de Março de 2021 às 13:13
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A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) vai criar um Plano de Retoma para o setor do retalho "para responder às dificuldades que o setor está a viver". 

Numa nota enviada esta segunda-feira, a APCC apela "ao contributo das entidades governamentais e dos vários intervenientes do setor para a elaboração de um trabalho conjunto". O objetivo é criar um documento que reúna contributos de várias associações do setor do retalho, e não apenas dos centros comerciais, que depois será apresentado ao Governo. 

Com este plano, a APCC quer "responder às necessidades que o comércio integrado está a sentir no âmbito das medidas de combate à pandemia".

A associação considera "fundamental a contribuição de todos os intervenientes com responsabilidades no sector e do Governo para que este Plano encontre soluções e apoios para todo o comércio de forma integrada". 

Nos próximos dias, a APCC "vai iniciar um conjunto de reuniões de trabalho com todos os representantes do sector para construir uma resposta à crise que agregue os vários contributos e permita a recuperação do retalho em lojas físicas em Portugal, no período de pós-confinamento". 

Uma das batalhas do setor será o crescimento do comércio online, que disparou no último ano devido ao encerramento de lojas. "Num momento em que, devido à impossibilidade de ter as lojas abertas, se está a assistir ao aumento exponencial do comércio online promovido por grandes multinacionais sediadas fora do território nacional, este Plano será um apelo à mobilização conjunta do sector para defender o retalho em lojas físicas em Portugal". Esta segunda-feira, em entrevista ao Negócios, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor revela que o Governo está a trabalhar numa lei "ambiciosa" para regular os marketplaces.

Segundo o plano de desconfinamento apresentado pelo primeiro-ministro na semana passada, as lojas dos centros comerciais reabrem no próximo dia 19 de abril. No último ano, por causa da pandemia, fecharam cerca de 200 lojas nos conjuntos comerciais representados pela APPC. "Este foi o número mais alto alguma vez verificado num só ano, superior mesmo ao que se verificou nos anos da intervenção da troika", refere a associação, que considera "expectável" que o número aumente em 2021.

 

No mesmo comunicado, a APCC revela que Rodrigo Moita de Deus é o novo diretor-executivo da associação, um cargo até aqui inexistente. O empresário irá "coordenar a execução deste plano de recuperação" que "assume especial importância numa altura em que os associados da APCC registaram perdas superiores a 600 milhões de euros nas ajudas dadas aos lojistas". 

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