A crise económica abancou-se à roleta e promete continuar a ir a jogo por mais algum tempo. Os dez casinos portugueses que operam em Portugal fecharam os primeiros nove meses deste ano com receitas de 262,3 milhões de euros, o que traduz uma quebra de 10,88% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Casinos. O menor poder de compra dos portugueses afectou nove salas de jogo.

O casino de Chaves, do grupo Solverde, foi o único onde se verificou um aumento dos proveitos (1,69%) até Setembro, aproximando-se dos 5,5 milhões de euros. Uma boa cartada de uma sala que é muito frequentada por espanhóis. Registe-se que os números de Chaves não são totalmente comparáveis, pois este casino abriu a 19 de Janeiro do ano passado.

As três salas da Estoril-Sol, grupo que detém uma quota de 64,8% do mercado de jogo em casino no País, perderam cerca de 20 milhões de euros de receitas entre Janeiro e Setembro últimos, encerrando o terceiro trimestre do exercício com proveitos de 169,9 milhões de euros. Tratou-se de uma queda homóloga de 10,43%, com o casino de Lisboa (menos 8,56%, para 66,8 milhões de euros) a comportar-se menos mal do que os do Estoril (menos 11,39%, para 64,3 milhões de euros) e da Póvoa (menos 11,92%, para 38,8 milhões de euros). Face à crise e à quebra de receitas, a administração do casino do Estoril promete continuar cortar nas despesas, não afastando a hipótese de avançar com despedimentos.