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CaixaBank vai fechar 800 agências até 2021 mas BPI escapa

O CaixaBank vai cortar nos balcões nas zonas urbanas, o que implicará uma diminuição do quadro de pessoal. "Não tem paralelismo em Portugal", assegura o CEO, Gonzalo Gortázar.

Gonzalo Gortázar lidera o CaixaBank, dono de 95% do BPI, cujo presidente executivo é Pablo Forero Reuters
27 de Novembro de 2018 às 12:32
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O CaixaBank prevê o encerramento de agências, na ordem das 800, até 2021, segundo o seu plano estratégico. Contudo, o BPI vai escapar a este corte, já que, defende o presidente executivo do banco espanhol, esse ajuste já foi feito no passado.

 

"Não tem paralelismo em Portugal. O CaixaBank em Espanha é uma entidade extraordinariamente capilar, onde a oportunidade de consolidar agências é muito evidente", respondeu Gonzalo Gortázar, na conferência de imprensa de apresentação do plano estratégico 2019-2021, que teve lugar em Londres esta terça-feira, 27 de Novembro.

 

Ao contrário, ressalvou o CEO do banco espanhol em resposta aos jornalistas, "o BPI já fez um processo de redução, e o tamanho da rede é adequado".

 

Em Espanha, anunciou o CaixaBank, haverá uma diminuição de cerca de 800 funcionários nos próximos três anos. O banco terá, no final deste ano, 4.461 balcões em Espanha, mas espera ter um número inferior a 3.640 em 2021.

 

Daí, o banco anuncia que vai começar negociações para "concentrar e optimizar a rede urbana" – é aí que espera vir a cortar grande parte das agências – e "flexibilizar as condições laborais para manter a rede rural". Nas zonas rurais, o banco está presente através do AgroBank, lançado em 2014, com pouco mais de 1.000 agências, que se deverão manter.

 

Com a redução do total de agências, ganhará peso o novo modelo de balcões do CaixaBank, as chamadas Store. O banco tem vindo a transformar as maiores agências em centros de assessoria aos clientes, com maior especialidade. O objectivo é, entre 2018 e 2021, duplicar o número destas agências, num total de 600 unidades.

 

"A transformação da rede terá como resultado uma redução do quadro de pessoal", indica o plano estratégico. Nas respostas às perguntas, o CEO disse não haver um número definitivo de qual o pessoal a corte.

 

O CaixaBank tinha 32.600 funcionários em Setembro. "Temos optimizado o quadro e vamos continuar a fazê-lo", avisa a instituição financeira. Não há valores, mas o banco sublinha que, entre 2011 e 2018, registou a saída de 14.000 trabalhadores, de forma orgânica e inorgânica, "sempre com acordos com a representação dos trabalhadores".

*O jornalista viajou para Londres a convite do CaixaBank

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