A Caixa Geral de Depósitos vai investir seis milhões de euros em "aceleradores" para apoiar projectos e empresas com alto valor acrescentado. Segundo adiantou esta segunda-feira, 10 de Março, na conferência "Caixa Empreender" Stephan Morais, administrador Executivo da Caixa Capital este montante tem como destino projectos e empresas promovidas pelo BGI - "Buiding Global Innovators", uma iniciativa do MIT, ISCTE entre outros para tecnologias e pela COHITEC - iniciativa da Cotec também para a área tecnológica.

O responsável da CGD explicou que os "aceleradores" não são incubadoras de empresas. "As incubadoras são espaços físicos, com um escritório. Os aceleradores não são um escritório, mas um programa de aceleração de algum tempo, intenso. E depois nós somos os investidores profissionais".

Stephan Morais recorda que a CGD tem estado envolvida em "start ups" adiantando que estes seis milhões são uma extensão do que o banco já faz com o BGI. "São programas muito exigentes e apertados" adianta.

"Parece que vivo num clube de ficção científica"

Morais salienta que o que faz na CGD é muito diferente do que faz o resto do banco. "Às vezes parece que vivo num clube de ficção científica", diz o gestor explicando que tem que avaliar ideias para o futuro.

Os projectos nem sempre resultam. Pedro Vilarinho director da COHITEC diz que conta com 8 projectos em fase de aceleração em mais de 100 apoiados. E avisa que o segmento em que actua esta instituição, mais virada para a ciência é mais complicado de rentabilizar. "Este dinheiro disponibilizado pela CGD para o arranque é muito importante mas é preciso continuar". 

Já Gonçalo Amorim do BGI diz que nos "últimos 4 anos, em 80 empresas e projectos apoiados, 55 estão activos e representam cerca de 22 milhões de euros de financiamento". E afirma que a taxa de mortalidade "até é baixa" face ao normal no sector.