Notícia
Bruxelas quer grandes auditoras a partilharem trabalho com pequenas rivais
A Comissão Europeia está a preparar legislação para apertar as regras da actividade de auditoria. Segundo noticia o Financial Times , Bruxelas quer obrigar as auditoras a fazerem serviços de auditoria e a partilharem grandes trabalhos de auditoria com pequenas empresas.
27 de Setembro de 2011 às 09:51
As autoridades europeias estão a preparar legislação relativa à actividade das empresas de auditoria que pretende transformar o sector e recuperar a confiança nos relatórios financeiros. Segundo o “Financial Times”, a proposta da Comissão Europeia é uma resposta à crise financeira.
Na mira de Bruxelas estão, sobretudo, as quatro grandes empresas internacionais de auditoria: Deloitte, PricewaterhouseCooper’s, KPMG e Ernst & Young. Segundo um projecto legislativo europeu, que conta com o apoio do comissário europeu do mercado interno, Michael Barnier, o objectivo é pôr termo ao oligopólio das “big four”, expressão por que são conhecidas às grandes auditoras mundiais.
Nesse sentido, o projecto, que deverá ser apresentado publicamente em Novembro, empresas com activos superiores a mil milhões de euros serão obrigadas a contratar duas empresas para fazerem uma auditoria conjunta, uma das quais deverá ser escolhida entre as quatro grandes auditoras mundiais.
Outra das propostas pretende impor a rotação obrigatória de auditores após nove anos de trabalho para uma mesma grande empresa. Esta iniciativa pretende promover a independência dos auditores e promover a concorrência no sector, onde tem sido possível que uma grande multinacional mantenha a mesma empresa de auditoria por mais de um século.
Outro dos alvos da Comissão Europeia são os serviços de consultoria prestados pelas “big four” que, segundo Bruxelas, “são uma fonte de conflitos de interesse”. Daí que a proposta preveja que “as grandes empresas de auditoria sejam proibidas de prestar outros serviços que não estejam relacionados com o seu estatuto de auditor, como os serviços de consultoria e aconselhamento.
Grandes auditoras criticam proposta
Entre as grandes empresas de auditoria, a proposta já está a suscitar críticas. As medidas previstas “penalizaram a qualidade da auditoria” e resultar num aumento dos custos dos serviços prestados às empresas, adiantou um porta-voz da Deloitte ao “Financial Times”.
Um sócio da KPMG, por seu turno, apelou a que Bruxelas tenha em consideração as competências das empresas de auditoria. “Depende de como se encaram os auditores. Se pensarem que somos como os mineiros de carvão do início do século XX vão querer nacionalizar-nos. Se pensarmos que somos mais como médicos, com competências naquilo que fazemos, então vão querer saber a nossa opinião sobre estes temas”, adiantou John Griffith-Jones.
Para o comissário europeu do mercado interno, os conflitos de interesses das “big four” puseram em causa a confiança e a concorrência, além de terem comprometido o cepticismo da actividade.
“Os auditores têm um papel essencial nos mercados financeiros: os agentes financeiros precisam de confiar nas suas declarações. Mas há fragilidades na forma como o sector funciona hoje em dia. E a crise pô-las em evidência”, justificou Michael Barnier. Assim, as propostas pretendem garantir “a robustez e independência das empresas de auditoria no contexto mais alargado do melhor funcionamento do mercado”.
Na mira de Bruxelas estão, sobretudo, as quatro grandes empresas internacionais de auditoria: Deloitte, PricewaterhouseCooper’s, KPMG e Ernst & Young. Segundo um projecto legislativo europeu, que conta com o apoio do comissário europeu do mercado interno, Michael Barnier, o objectivo é pôr termo ao oligopólio das “big four”, expressão por que são conhecidas às grandes auditoras mundiais.
Outra das propostas pretende impor a rotação obrigatória de auditores após nove anos de trabalho para uma mesma grande empresa. Esta iniciativa pretende promover a independência dos auditores e promover a concorrência no sector, onde tem sido possível que uma grande multinacional mantenha a mesma empresa de auditoria por mais de um século.
Outro dos alvos da Comissão Europeia são os serviços de consultoria prestados pelas “big four” que, segundo Bruxelas, “são uma fonte de conflitos de interesse”. Daí que a proposta preveja que “as grandes empresas de auditoria sejam proibidas de prestar outros serviços que não estejam relacionados com o seu estatuto de auditor, como os serviços de consultoria e aconselhamento.
Grandes auditoras criticam proposta
Entre as grandes empresas de auditoria, a proposta já está a suscitar críticas. As medidas previstas “penalizaram a qualidade da auditoria” e resultar num aumento dos custos dos serviços prestados às empresas, adiantou um porta-voz da Deloitte ao “Financial Times”.
Um sócio da KPMG, por seu turno, apelou a que Bruxelas tenha em consideração as competências das empresas de auditoria. “Depende de como se encaram os auditores. Se pensarem que somos como os mineiros de carvão do início do século XX vão querer nacionalizar-nos. Se pensarmos que somos mais como médicos, com competências naquilo que fazemos, então vão querer saber a nossa opinião sobre estes temas”, adiantou John Griffith-Jones.
Para o comissário europeu do mercado interno, os conflitos de interesses das “big four” puseram em causa a confiança e a concorrência, além de terem comprometido o cepticismo da actividade.
“Os auditores têm um papel essencial nos mercados financeiros: os agentes financeiros precisam de confiar nas suas declarações. Mas há fragilidades na forma como o sector funciona hoje em dia. E a crise pô-las em evidência”, justificou Michael Barnier. Assim, as propostas pretendem garantir “a robustez e independência das empresas de auditoria no contexto mais alargado do melhor funcionamento do mercado”.