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BPI diz preço pago pela Compal parece ser «demasiado elevado»

O preço do acordo de compra da Compal por parte da Caixa Geral de Depósitos e da Sumolis parece ser «demasiado elevado», consideram os analistas do BPI apesar de sublinharem que «assegura» à Sumolis uma expansão «significativa» em Portugal.

03 de Novembro de 2005 às 12:24
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O preço do acordo de compra da Compal por parte da Caixa Geral de Depósitos e da Sumolis parece ser «demasiado elevado», consideram os analistas do BPI apesar de sublinharem que «assegura» à Sumolis uma expansão «significativa» em Portugal.

A Sumolis e o grupo Caixa Geral de Depósitos assinaram um acordo de compra da Compal e a Nutricafés à Nutrinveste, através de uma sociedade que será detida em 80% pela instituição financeira estatal. Segundo a Sumolis, que tem ainda as suas acções suspensas em bolsa, o valor do negócio ascendeu a 426 milhões de euros.

O Jornal de Negócios avançava hoje que o valor do negócio poderia chegar a 450 milhões de euros e é a esse montante que os analistas se referem na sua análise à operação.

Neste contexto, no Iberian Daily do BPI, os analistas explicam que este acordo suscita «sentimentos mistos». Ou seja, por um lado consideram que o valor do acordo parece ser «muito elevado».

Ou seja, este acordo implica um múltiplo de 2,9 vezes as receitas de 2004 e um múltiplo de 17,9 vezes o EBITDA, que é «significativamente mais elevado do que a Sumolis (um múltiplo de 0,7 vezes as receitas e um múltiplo de 8,8 vezes o EBITDA) e do que a média do sector (um múltiplo de 9,1 vezes o EBITDA)».

No entanto, por outro lado, este acordo «assegura à Sumolis uma expansão significativa em Portugal, ao complementar a oferta dos seus produtos: a Compal é a líder de mercado em Portugal dos sumos e néctares enquanto a Sumolis é mais forte em refrigerantes e tem aumentado a presença na área de cervejas», explicam os especialistas.


As acções da Sumolis continuavam suspensas em bolsa, sendo que antes negociavam inalteradas nos 1,56 euros.

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