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BEI mobiliza 50 mil milhões para ajudar PME no 1.º semestre

O Banco Europeu de Investimento (BEI) planeia mobilizar cerca de 50.000 milhões de euros de financiamento no primeiro semestre para ajudar as PME através do novo fundo de garantia criado para lidar com as consequências da pandemia, foi anunciado.

As empresas com mais iniciativas de saúde e bem-estar gerais garantem trabalhadores mais resilientes.
Paulo Duarte
20 de Janeiro de 2021 às 13:57
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Até ao final de 2020, foram aprovados 5.400 milhões de euros de financiamento deste fundo, que foi acordado em abril do ano passado pelos Estados da União Europeia (UE) no âmbito do pacote de medidas de emergência face à crise económica desencadeada pela pandemia, mas que só arrancou no outono.

"Demorou algum tempo a pô-lo a funcionar, mas no final do ano tínhamos cerca de 6.000 milhões de euros. Esperamos cerca de 50.000 milhões de euros nos próximos seis meses e isto está a aumentar muito rápida e eficientemente", disse o presidente do BEI, Werner Hoyer, numa conferência de imprensa para apresentar os resultados anuais do banco público da UE.

O fundo opera com 25.000 milhões de euros em garantias prestadas por países da UE, permitindo ao BEI financiar Pequenas e Médias Empresas (PME) ou empresas de média capitalização em dificuldades devido à covid-19, quer diretamente quer através de intermediários, tais como fundos de investimento ou bancos de promoção nacionais.

O objetivo do BEI é atrair financiamento adicional de fontes privadas com vista a mobilizar um total de 200.000 milhões de euros.

O banco prevê que 20% deste financiamento seja sob a forma de capital ou fundos próprios, pois estima-se que as PME europeias enfrentarão um défice de capital de 720.000 milhões de euros em consequência da pandemia, explicou Alain Godard, diretor executivo do Fundo Europeu de Investimento, o braço do grupo BEI para as PME.

Na sequência dos problemas de liquidez sentidos no início da pandemia, muitas empresas, e em particular as PME, entrarão em liquidação, disse o responsável.

O fundo de garantia é um instrumento extraordinário, que funciona fora do balanço do BEI, pelo que o seu financiamento se soma ao concedido pelo grupo, que em 2020 ascendeu a 76.800 milhões de euros.

Um terço destes fundos, 25.500 milhões, foram dedicados à resposta imediata à pandemia, sobretudo na ajuda às PMEs para evitar falências e despedimentos, mas também ao financiamento de hospitais, à produção de vacinas ou tratamentos, por exemplo com um empréstimo de 100 milhões de euros à empresa alemã BioNTech, que desenvolveu uma vacina com a Pfizer.

Devido à pandemia, o grupo aumentou o financiamento às PME em 5.000 milhões de euros em 2020, para 30.600 milhões de euros.
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