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Banca à frente dos 535 incidentes cibernéticos registados em Portugal em 2017

As instituições bancárias foram o alvo principal da actividade criminosa no ciberespaço no ano passado, de acordo com o último Relatório Anual de Segurança Interna. “Cibersegurança: reduzir o risco, combater as ameaças” é o tema de uma conferência, esta quinta-feira, em Leixões.

10 de Outubro de 2018 às 18:53
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No ano passado, no âmbito do Centro Nacional de Cibersegurança, foram registadas e processadas 1.895 notificações relativas a ataques no ciberespaço, das quais 535 resultaram na abertura de incidentes "analisados e resolvidos com sucesso", lê-se no último Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

 

Dos incidentes analisados e resolvidos, 17% afectaram directa e indirectamente entidades do Estado, o que representa um acréscimo de 8% em relação ao ano anterior, regista o mesmo relatório.

 

A maioria dos crimes teve que ver sobretudo com ataques de "phishing", "spearphishing" e realização de "scans", sendo que, "em todos os casos", o objectivo do ataque é a recolha de informação sobre o alvo, ou induzi-lo a realizar uma acção para si indesejada.

 

"Neste tipo de acção maliciosa observou-se uma incidência expressiva em instituições do sector bancário", sublinha o RASI.

 

"Houve ainda mais de uma centena de incidentes classificados como ‘malware’ (a introdução de software malicioso com o objectivo de danificar dados) e meia centena de crimes de ‘tentativa de intrusão’ nos sistemas das organizações portuguesas. Só os episódios de ‘malware’ representaram 72% do total da actividade criminosa no ciberespeaço a nível nacional", destaca, ainda, a sociedade de garantia mútua Norgarante, que vai promover duas conferências sobre o tema "Cibersegurança: reduzir o risco, combater as ameaças".

 

"É imperativo estar activo na economia digital e na digitalização das empresas", pelo que é "essencial antecipar os problemas e saber lidar com os impactos associados à digitalização da economia", alerta Teresa Duarte, presidente da comissão executiva da Norgarante.

 

Daí que as empresas portuguesas "precisam conhecer os riscos que correm, prevenir o cibercrime e antecipar respostas, para se defenderem e poderem continuar a trabalhar se forem atacadas por um pirata informático. É um aspecto crítico inerente ao investimento em modernização, inovação ou actualização", frisa a mesma gestora, que pretende com estas duas conferências "sensibilizar empresários e gestores para as implicações da cibersegurança na actividade económica".

 

A primeira conferência sobre o tema realiza-se esta quinta-feira, no terminal de cruzeiros de Leixões, em Matosinhos, onde estará presente, entre outros especialistas, Gonçalo Sousa, consultor do Gabinete de Estratégia e Planeamento do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), para responder à questão "Cibersegurança: Portugal está preparado?".

A segunda conferência terá lugar a 13 de Novembro, numa unidade hoteleira de Ílhavo.

Desde o início da sua actividade, há 16 anos, a Norgarante apoiou o financiamento de mais de 48 mil micro, pequenas e médias empresas dos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viseu. Neste período, prestou 119.661 garantias, num total de 6,23 mil milhões de euros, viabilizando financiamentos da ordem dos 12,13 mil milhões de euros.

De acordo com os números da Norgarante, esta sociedade de garantia mútua já apoiou este ano perto de cinco mil empresas que empregam mais de 100 mil trabalhadores.

Nos primeiros oito meses de 2018, a Norgarante emitiu 6.186 garantias a favor de entidades das regiões Norte e das zonas mais a norte da região Centro, num montante global que ronda os 335 milhões de euros, apoiando o investimento de 706 milhões de euros.

 

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