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Axpo e Goldenergy entram no mercado português do biometano

A Axpo Iberia e a Goldenergy lançaram uma unidade de produção de biometano em Portugal, que vai usar resíduos agropecuários. O biometano vai ser injetado na rede de gás natural. A central deve abrir em 2025.

O CEO da Goldenergy, Miguel Checa, quer investir em autoconsumo, mobilidade, digitalização e nas lojas.
Paulo Duarte
03 de Abril de 2024 às 16:16
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A Axpo Iberia – filial do grupo suíço Axpo – e a Goldenergy, comercializadora portuguesa de eletricidade verde e de gás natural, formalizaram a entrada no mercado do biometano em Portugal, após a decisão de lançar uma unidade de produção deste gás de origem renovável.

Em comunicado, as duas empresas explicam que se trata de um projeto que "aproveitará resíduos agropecuários de uma empresa da região Norte, com previsão de produção superior a 15 GWh/ano". A Goldenergy, indicam, "vai comprar toda esta produção de biometano, obtida na unidade da Axpo em Portugal, para injetar na rede de gás natural".

Axpo e Goldenergy assinaram um acordo de colaboração com a Teixeira do Batel, uma exploração agrícola no concelho de Vila do Conde, para a "construção, colocação em funcionamento e exploração" da uma central de produção de biometano, que vai produzir "gás verde neutro em carbono para a posterior injeção de biometano na Rede Nacional de Gás".

Esta central de biometano, a primeira da Axpo em Portugal, resulta de um investimento de cerca de 8 milhões de euros e deverá ser inaugurada no último trimestre de 2025, contribuindo para o objetivo da Axpo de alcançar, até 2030, uma produção total de até 1 TWh na Península Ibérica.

"Com esta central iniciamos a nossa estreia no mercado do Biometano em Portugal e reforçamos a nossa posição de liderança no setor renovável com um novo contributo da Axpo para a sustentabilidade ambiental. Com transformação em Biometano, conseguimos a transformação completa destes resíduos em forma de energia, que também pode ser consumida diretamente na própria exploração ou injetada na rede de gás", diz, em comunicado, Ignacio Soneira, CEO da Axpo.

Já Miguel Checa, CEO da Goldenergy, diz que, "estando consciente de que os gases de origem renovável assumem um papel central na descarbonização, assim como no cumprimento das metas relativas ao consumo de energia proveniente de fontes renováveis", a empresa "tem todo o interesse em comprar à AXPO, o Biometano produzido pela Central de Produção, para assim poder começar a injetar gases renováveis, neste caso Biometano, no fornecimento de gás aos nossos clientes".
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