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Aumentos nos combustíveis são "ridículos" e "escandalosos"

O presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis considerou "absolutamente ridículos" os aumentos de preço aplicados esta semana pela Galp e BP e "escandalosos" os da Cepsa, que hoje subiu o preço do gasóleo em 5,9 cêntimos.

14 de Janeiro de 2009 às 16:45
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O presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis considerou "absolutamente ridículos" os aumentos de preço aplicados esta semana pela Galp e BP e "escandalosos" os da Cepsa, que hoje subiu o preço do gasóleo em 5,9 cêntimos.

"O aumento de preço da Galp e da BP é absolutamente ridículo. Não tem justificação nenhuma", disse hoje à Lusa Augusto Cymbron, presidente da ANAREC.

"As petrolíferas justificam [o aumento de preços] também com a invasão da Faixa de Gaza por Israel e que por isso o barril [de petróleo] chegou a atingir os 50 dólares, mas ontem [terça-feira] atingiu um mínimo de 41 dólares", recordou o dirigente.

"Os aumentos da Cepsa além de ridículos são escandalosos, porque pelas contas que faço daria no máximo um aumento de três cêntimos. As outras companhias subiram dois e eles subiram quase seis", sublinhou.

A gasolineira Cepsa aumentou hoje o preço do litro de gasóleo em 5,9 cêntimos e o do litro de gasolina sem chumbo 95 em 5,7 cêntimos

Augusto Cymbron considerou que as companhias "sobem muito mais rápido os preços do que descem" e reiterou a sua discordância quanto à liberalização do mercado de combustíveis.

"A liberalização é uma fantochada. Serviu só para as companhias, unilateralmente, subirem os preços dos combustíveis. Nunca houve descidas capazes e de ajuda ao consumidor, tem havido - isso sim - benefício das companhias petrolíferas, que deliberadamente sobem os preços", sublinhou.

Para Augusto Cymbron, a gasolina e o gasóleo constituem "uma fonte de energia essencial para todos os portugueses", pelo que defende que "deve ser o Estado a intervir, como faz na electricidade".

Quanto ao papel da Autoridade da Concorrência na regulação do mercado, o dirigente da ANAREC disse apenas que "Março deveria chegar rapidamente, para que a Autoridade pusesse cá fora o estudo definitivo que diz ter para apresentar", sobre o mercado de combustíveis.

"A questão é que parece que toda a gente está com medo de alguém. Isso é que é o mal", concluiu.

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