Notícia
Atividade do BEI em Portugal disparou 44% em 2020 com financiamento de resposta à crise
No ano passado, o Banco Europeu de Investimento (BEI) financiou e concedeu garantias a projetos nacionais no valor de 2,3 mil milhões de euros, o valor mais alto desde a última crise financeira.
Em 2020, Portugal foi o quarto país da União Europeia que mais beneficiou das operações do Banco Europeu de Investimento (BEI). No ano marcado pela pandemia, o financiamento e a concessão de garantias a projetos nacionais atingiu os 2.336 milhões de euros, mais 44% face aos 1.662 registados no ano anterior. O valor representa uma subida de 33% face à média dos últimos seis anos, e foi o mais elevado desde a última crise financeira, revelou esta terça-feira Ricardo Mourinho Félix (na foto), um dos vice-presidentes da instituição, numa conferência de apresentação dos resultados do último ano.
Naquele que foi um ano "difícil", sublinhou Mourinho Félix, "o BEI esteve ao lado dos portugueses na resposta à pandemia". O responsável destacou o apoio concedido pela instituição às pequenas e médias empresas (PME), que captaram 72,3% do financiamento concedido no ano passado. Por comparação, nos dois anos anteriores estas empresas tiveram um peso inferior a 50% nas operações do BEI em Portugal.
No total, o BEI destinou 1.700 milhões de euros a necessidades de financiamento de curto prazo de PME, sendo "expectável" que estas operações apoiem cerca de quatro mil empresas e perto de 100 mil empregos.
Segundo Ricardo Mourinho Félix, o aumento das operações com PME deveu-se "em larga medida" à crise pandémica. Mais de metade dos financiamentos e garantias concedidos a Portugal no ano passado (56%) foram canalizados para "mitigar os impactos da covid-19". Portugal foi o quarto país com maior volume de financiamento para projetos relacionados com a pandemia.
O BEI financiou 10 operações, com o valor total de 1.300 milhões de euros. Já ao nível do Fundo Europeu de Garantia (EGF), a instituição originou um "conjunto de projetos alargado", que estão em fase de aprovação, com diversas instituições financeiras nacionais.
Entre as operações de resposta a crise, inclui-se o financiamento de 340 milhões de euros ao Banco Português de Fomento, "para que possa apoiar a liquidez das PME".
O BEI concluiu ainda duas operações junto da banca, que marcaram o regresso da insituição ao mercado de securitizações em Portugal, o que não acontecia desde a última crise financeira. Com o Santander, foi concluída uma operação no valor de 489 milhões de euros, à qual se juntou uma operação junto do Montepio, de 229 milhões de euros. Na prática, explicou Mourinho Félix, o BEI adquiriu carteiras de créditos, "estimulando ou obrigando os bancos a gerar uma nova carteira, que permita financiar determinados objetivos, neste caso, PME". Estas operações "permitem estender o financiamento à economia".
No total, o BEI concedeu 76,8 mil milhões de euros em empréstimos em toda a Europa, que permitiram apoiar 270 mil milhões de euros de investimentos novos. Cerca de um terço da atividade da instituição no ano passado foi dedicada à respostas aos impactos da crise gerada pela pandemia, revelou o Mourinho Félix. Entre as principais operações do BEI no ano passado esteve o financiamento de 100 mil milhões de euros à alemã BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer uma das vacinas contra a covid-19.
Naquele que foi um ano "difícil", sublinhou Mourinho Félix, "o BEI esteve ao lado dos portugueses na resposta à pandemia". O responsável destacou o apoio concedido pela instituição às pequenas e médias empresas (PME), que captaram 72,3% do financiamento concedido no ano passado. Por comparação, nos dois anos anteriores estas empresas tiveram um peso inferior a 50% nas operações do BEI em Portugal.
Segundo Ricardo Mourinho Félix, o aumento das operações com PME deveu-se "em larga medida" à crise pandémica. Mais de metade dos financiamentos e garantias concedidos a Portugal no ano passado (56%) foram canalizados para "mitigar os impactos da covid-19". Portugal foi o quarto país com maior volume de financiamento para projetos relacionados com a pandemia.
O BEI financiou 10 operações, com o valor total de 1.300 milhões de euros. Já ao nível do Fundo Europeu de Garantia (EGF), a instituição originou um "conjunto de projetos alargado", que estão em fase de aprovação, com diversas instituições financeiras nacionais.
Entre as operações de resposta a crise, inclui-se o financiamento de 340 milhões de euros ao Banco Português de Fomento, "para que possa apoiar a liquidez das PME".
O BEI concluiu ainda duas operações junto da banca, que marcaram o regresso da insituição ao mercado de securitizações em Portugal, o que não acontecia desde a última crise financeira. Com o Santander, foi concluída uma operação no valor de 489 milhões de euros, à qual se juntou uma operação junto do Montepio, de 229 milhões de euros. Na prática, explicou Mourinho Félix, o BEI adquiriu carteiras de créditos, "estimulando ou obrigando os bancos a gerar uma nova carteira, que permita financiar determinados objetivos, neste caso, PME". Estas operações "permitem estender o financiamento à economia".
No total, o BEI concedeu 76,8 mil milhões de euros em empréstimos em toda a Europa, que permitiram apoiar 270 mil milhões de euros de investimentos novos. Cerca de um terço da atividade da instituição no ano passado foi dedicada à respostas aos impactos da crise gerada pela pandemia, revelou o Mourinho Félix. Entre as principais operações do BEI no ano passado esteve o financiamento de 100 mil milhões de euros à alemã BioNTech, que desenvolveu com a Pfizer uma das vacinas contra a covid-19.
Mourinho Félix acredita "dentro de pouco tempo estaremos a iniciar a recuperação da economia europeia", e garante que em 2021 "Portugal poderá contar com o BEI para continuar o caminho de sucesso feito até aqui".