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Artur Santos Silva considera performance do BPI em 2009 "muito positiva"

O presidente do conselho de administração do BPI considerou hoje "muito positiva" a performance da instituição em 2009, realçando que foi "o único dos grandes bancos portugueses que não recorreu a ajudas estatais de qualquer espécie".

22 de Abril de 2010 às 17:35
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O presidente do conselho de administração do BPI considerou hoje "muito positiva" a performance da instituição em 2009, realçando que foi "o único dos grandes bancos portugueses que não recorreu a ajudas estatais de qualquer espécie".

"O banco teve uma performance muito positiva, atendendo às condições muito difíceis que temos vivido. Acho que o capital mais importante de uma instituição bancária é a sua reputação e, em 2009, a do BPI foi reforçada", sustentou Artur Santos Silva no final da assembleia geral anual de accionistas, que decorreu no Porto.

Recordando que o BPI foi "o único dos grandes bancos portugueses que não recorreu a ajudas estatais de qualquer espécie", Santos Silva referiu ainda que a instituição é "o único banco ibérico que, desde 2007, não vê o seu 'rating' alterado".

"Além disso, também temos a posição cimeira na qualidade dos serviços e satisfação dos clientes no conjunto dos bancos portugueses", acrescentou.

A justificar o "balanço muito positivo" do ano 2009 o presidente do BPI apontou também a "muito boa resposta às necessidades das empresas: Lideramos a aplicação ao tecido empresarial português dos apoios públicos que foram decididos, quer em número de operações, quer em montantes, portanto muito acima da nossa quota natural, o que no ambiente difícil que se viveu também é muito importante", sustentou.

Na assembleia geral de hoje, os cerca de 80% de accionistas presentes ou representados aprovaram, por unanimidade, o relatório e contas de 2009, em que o BPI reportou um lucro de 175 milhões de euros, mais 16,5% do que em 2008.

Também aprovada por unanimidade foi a proposta de aplicação de resultados, que prevê a distribuição de um dividendo de 0,078 euros por acção (num total de 70,2 milhões de euros, mais 16 por cento do que em 2008), e um voto de confiança e louvor no conselho de administração, conselho fiscal e assembleia geral do banco.

A proposta de autorização ao conselho de administração para a aquisição e alienação de acções próprias foi aprovada com 99,5 por cento dos votos expressos.

Relativamente à declaração apresentada pela comissão de remunerações sobre a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização, esta mereceu o apoio de 99,83 por cento dos votos expressos, enquanto a declaração do conselho de administração sobre a política de remuneração dos dirigentes recebeu luz verde de 99,83 por cento dos accionistas.

Conforme explicou Santos Silva, a este nível a alteração "mais importante" diz respeito às remunerações dos administradores executivos que, em linha com as políticas recomendadas pela CMVM [Comissão de Mercado de Valores Mobiliários], com iniciativas legislativas da Assembleia da República e com questões fiscais, viram "ligeiramente aumentadas" as suas remunerações fixas ("que eram as mais baixas do mercado") e reduzidas as componentes variáveis.

Algo que, frisou, "em termos económicos não terá praticamente alterações nos custos para o banco".

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